BR RYAN SILVEIRA dotado macetou o putinho NATHAN LUNA bem gostoso

O vento salgado do litoral paulista agitava os cabelos escuros de Ryan Silveira enquanto ele fechava a galeria pela última vez. Ele herdara o lugar do avô, um casarão antigo a poucos metros da areia, e passou os últimos seis meses transformando as salas em um espaço para fotografias. Suas fotografias. Imagens em preto e branco que capturavam a solidão das rochas, a fúria do mar no inverno, o silêncio das manhãs de neblina. Era um refúgio, um lugar para onde ele havia fugido após um coração partido, acreditando que o amor era uma paisagem que não se repetia.
Naquela tarde de outono, uma encomenda atrasada o fez permanecer mais que o habitual. O sol já se punha quando a porta de madeira rangiu, anunciando a entrada de alguém.
“Desculpe, estou fechando,” disse Ryan, sem levantar os olhos da caixa que empacotava.
“Eu vi a luz. A porta estava entreaberta. As fotos na vitrine são incríveis.”
A voz era mansa, mas firme. Ryan ergueu o olhar.