BR MNXBOY fudendo o cuzinho do putinho Caramujo

MNXBOY não era um menino comum. Ele morava em uma casa feita de luz de lua, no alto de uma colina que tocava as nuvens. Seu nome era um código, um sussurro do vento, e significava “Menino da Lua X”. Ele observava o mundo abaixo, um garoto silencioso com olhos que brilhavam com a luz prateada de seu lar. O mundo lá embaixo parecia barulhento e confuso, e MNXBOY se sentia mais seguro em sua solidão celestial.
Todos os dias, ao entardecer, ele descia a colina até uma lagoa tranquila, onde as águas refletiam o primeiro brilho das estrelas. Era seu ritual, seu momento de quase-conexão com a Terra.
Foi em um desses crepúsculos que ele viu Caramujo.
Presa em uma cerca de arame farpado, uma concha com listras âmbar e caramelo girava desesperançada. MNXBOY se aproximou com cuidado. Ele não estendeu a mão de imediato. Em vez disso, sentou-se na grama úmida e observou. A criatura se recolheu completamente, assustada.
“Você está presa”, ele sussurrou, sua voz tão suave quanto o luar.
Com uma paciência infinita, ele começou a trabalhar delicadamente os espinhos de arame que prendiam a concha. Não foi rápido. Levou tempo, e o sol desapareceu completamente, dando lugar à sua querida lua. Quando o último fio soltou, Caramujo estava livre, mas ainda encolhida, desconfiada.
MNXBOY não a levou para casa. Ele simplesmente a colocou em uma folha larga, perto da água, e recuou. No dia seguinte, ele voltou. E no outro. Ele trazia pedacinhos de alface fresca e gotas de orvalho, deixando-os por perto enquanto observava as estrelas se refletirem na lagoa.
Aos poucos, Caramujo se acostumou com a presença silenciosa do menino. Um dia, seus tentáculos delicados surgiram, seguidos por seu corpo macio. Ela se moveu lentamente, provou a alface, e MNXBOY sentiu seu coração bater mais forte do que nunca. Ele havia feito um amigo.
Caramujo, ele descobriu, tinha uma paciência que rivalizava com a sua. Ela não falava, mas sua simples existência era um conforto. Ela ensinou a ele a beleza da lentidão, dos pequenos rastros prateados deixados na terra molhada, da coragem de sair da própria concha, mesmo que só um pouquinho.
MNXBOY, por sua vez, contava para ela sobre as constelações. Apontava para a Lua e explicava, em voz baixa, como ele tecia a luz dela em sonhos. Caramujo parecia entender. Ela se virava em direção ao céu, como se também adorasse aquele prato prateado.
O amor deles não era de declarações altas ou gestos dramáticos. Era feito de silêncios compartilhados, de confiança construída grão por grão, como a própria concha de Caramujo. Era MNXBOY encontrando a concha vazia um dia de tempestade e ficando em vigília, encharcado, até que ela emergisse sã e salva. Era Caramujo, numa noite de lua nova, quando o mundo estava escuro, subindo lentamente pela perna da calça dele, um ato de enorme coragem para chegar mais perto.
Um não era completo sem o outro. O menino da lua, etéreo e distante, aprendeu a amar o cheiro da terra depois da chuva. A caramujo, terrestre e cautelosa, aprendeu a admirar a imensidão do céu.
Eles se encontravam todas as noites na beira da lagoa, cada um saindo de sua concha para aquele pequeno mundo que haviam construído juntos: um amor tranquilo, paciente e infinito, como a órbita da lua e o rastro de um caramujo.