BR Leo Saquetto e Pedrão fudendo gostoso

O som das garrafas e dos copos era a trilha sonora da vida de Leo Saquetto. Dono do bar mais popular do bairro, ele era um furacão de energia, sempre com um sorriso no rosto, uma piada na ponta da língua e um talento inato para fazer todos se sentirem em casa. Seu apelido, “Saquetto”, vinha da sua infindável coleção de casacos coloridos e estilosos. Ele era o anfitrião perfeito, mas nos raros momentos de silêncio, seus olhos perscrutavam a porta, como se esperando por algo, ou alguém.

Esse alguém era Pedrão.

Pedrão era a antítese do barulho. Um marceneiro de mãos calejadas e coração quieto, ele chegava sempre tarde, quando a agitação inicial já havia baixado. Sentava-se no canto preferido, no fim do balcão, e pedia a mesma cerveja escura. Ele não falava muito, mas sua presença era como uma rocha no mar agitado do bar – sólida, imóvel, tranquilizadora.

Tudo começou com olhares. Leo notou aquele homem quieto cuja serenidade era um ímã. Pedrão, por sua vez, era atraído pela luz que emanava de Leo, uma luz que ele mesmo sentia falta. Os cumprimentos evoluíram para conversas curtas, que se transformaram em longas horas de discussão sobre tudo e nada, depois que o bar fechava e só as luzes neon iluminavam o vazio do lugar.