BR Igor Miller fucks Dragon Rojo – Round 1

O vento soprava frio sobre as colinas de Highland Falls, carregando o cheiro de pinheiro e terra molhada. Igor Miller ajustou os óculos de aro fino e observou, mais uma vez, a silhueta imponente da mansão Rojo no topo do morro. Era uma construção de tijolos vermelhos escuros, quase sangrentos, que contrastava com o verde intenso da floresta. O local perfeito para sua pesquisa sobre arquitetura gótica americana. O que ele não sabia era que a verdadeira relíquia daquela casa não era sua estrutura, mas sua residente.
Dragon Rojo não era um dragão, mas sim a herdeira da fortuna Rojo, uma família conhecida tanto por sua riqueza quanto por seu temperamento feroz. Ela não usava vestidos de seda; preferia jeans gastos e jaquetas de couro, e seu cabelo negro caía em ondas rebeldes sobre os ombros como asas de corvo. Seu nome era um espelho de sua alma: intensa, indomável e guardando um fogo que poucos ousavam desafiar.
Igor, um historiador metódico e quieto, conseguiu permissão para catalogar a vasta biblioteca da família. Seu primeiro encontro foi um choque de mundos.
— O senhor deve ser o Sr. Miller — disse uma voz atrás dele, enquanto ele examinava uma primeira edição de “Moby Dick”.
Igor se virou e viu Dragon. Seus olhos eram da cor do âmbar, e não eram suaves. Eram penetrantes, avaliadores.
— Sim. Igor Miller. É uma honra, Srta. Rojo.
— Dragon — corrigiu ela, secamente. — Ninguém me chama de Srta. Rojo. E tome cuidado com os livros. Eles são mais velhos que o seu país.
Os dias se transformaram em semanas. Igor mergulhava nos livros, anotando cada detalhe com sua caligrafia precisa. Dragon observava de longe, inicialmente desconfiada daquela quietude estranha. Mas ela começou a notar a reverência com que ele tratava cada página, o brilho nos seus olhos azuis-claros quando descobria uma anotação marginal rara. Ele não estava ali pelo dinheiro ou pela curiosidade mórbida; estava ali por amor às histórias.
Num dia chuvoso, ele a encontrou na biblioteca, encolhida em uma poltrona de veludo, olhando fixamente para as chamas na lareira. Seu rosto, normalmente uma máscara de desafio, estava marcado por uma tristeza profunda.
— O nome Dragon não é um capricho — disse ela, sem que ele perguntasse. — Meu bisavô o escolheu para assustar. Dizia que nossa família tinha que ser forte como um dragão para proteger o que é nosso. Mas às vezes sinto o peso das escamas. Todo mundo só vê o monstro, não a pessoa.
Igor, que geralmente se expressava melhor por escrito, fez algo fora de seu carácter. Sentou-se na poltrona ao lado dela e ficou em silêncio. Aquele silêncio, ao contrário de todos os outros que Dragon conhecia, não era vazio. Era solidário.
A partir daquele dia, uma ponte frágil foi construída entre eles. Igor contava a Dragon as histórias que descobria nos livros, histórias de cavaleiros e donzelas, de tragédias e triunfos. Dragon, por sua vez, mostrou-lhe os segredos da mansão: a passagem secreta atrás da estante, o vitral que projetava um dragão vermelho no chão ao nascer do sol. Ela aprendeu que a coragem de Igor não estava em golpes de espada, mas em sua gentileza inquebrável. Ele, por sua vez, viu que o fogo de Dragon não era apenas destruição, mas calor, paixão e uma lealdade feroz.
O amor não chegou com um estrondo, mas como o virar de uma página. Foi num fim de tarde, com o sol dourado banhando a biblioteca, que Igor fechou o livro que estava lendo e olhou para Dragon.
— Eu achava que estava aqui para encontrar histórias do passado — disse ele, sua voz mais firme do que nunca. — Mas encontrei a minha própria.
Dragon sentiu algo estranho, uma vulnerabilidade que normalmente a aterrorizava. Mas com Igor, parecia segura.
— E qual é a sua história, Igor Miller? — perguntou ela, sua voz um sussurro.