BR Ed Oliveira and Victor Veiga fuck on the sofa – victxr_92

Era típico de Ed Oliveira acreditar que as grandes histórias só existiam nos livros que ele mesmo encadernava com cuidado artesanal em sua pequena livraria, “O Ponto Final”. Sua vida era um ritmo calmo de papéis, cola especial e lombadas perfeitamente alinhadas. Até que um dia de outono, o vento soprou uma página solta para dentro da loja, trazendo consigo Victor Veiga.

Victor não era um homem de páginas delicadas. Era geólogo, e suas mãos contavam histórias de rochas, montanhas e escavações. Entrou na livraria atrás de um mapa antigo, com as botas ainda sujas de terra de uma recente expedição. Seus olhos, da cor do âmbar, bateram nos de Ed, cor de café, e o silêncio que se seguiu não foi estranho, mas cheio de promessas não ditas.

“A página é sua?”, perguntou Ed, segurando o papel frágil.
“De um diário de campo que perdeu a capa há tempos”, respondeu Victor, com uma voz que soava como o roçar de seixos num rio.

A capa estava perdida, mas Ed se ofereceu para criar uma nova. Enquanto medía o diário, Victor observava as mãos do encadernador, precisas e gentis, e imaginava como seria tê-las nas suas. Enquanto isso, Ed se perdia na energia crua que emanava de Victor, um contraste tão vivo com sua existência meticulosa.

A capa foi apenas o começo. Victor começou a aparecer sem motivo aparente, para “verificar se a encadernação estava firme” ou para “doar um livro interessante que encontrou”. As visitas se transformaram em cafés, que se transformaram em longas caminhadas pelo parque. Ed, que sempre achou que o amor fosse uma narrativa linear e previsível, descobriu-se protagonista de uma trama cheia de reviravoltas, risadas e toques acidentais que deixavam sua pele fria.