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BR Davi Paixão e Daddy Gui fudendo gostoso nesse último final de semana

O sol do final de tarde banhava a laje da comunidade do Parque Royal em um tom de mel. De um lado, o som alto do pagode vazava pela porta aberta de uma casa, onde Davi Paixão, com seu boné virado e sorriso fácil, dedilhava um cavaco com uma naturalidade que era herança de gerações. Sua música era a trilha sonora do lugar, falando de amores, farras e a beleza dura do dia a dia. Ele era a alma do Parque Royal.

Do outro lado da rua de terra, em uma casa de dois andares com grades novas, morava Daddy Gui. Guilherme, um empresário que havia “subido na vida” e voltado para criar uma ONG de inclusão digital para os jovens da comunidade. Ele usava roupas caras que pareciam desconfortáveis no calor, e seu jeito era de quem estava sempre no controle, sempre “fazendo acontecer”. Para Davi, Daddy Gui era a representação de um mundo que tentava consertar um lugar que não entendia.

“O som, Davi! Dá pra baixar?” Daddy Gui gritava da sua janela, todas as vezes.

“O coração, Gui! Dá pra calar?” Davi retrucava, sem parar de tocar.

Era uma guerra fria musical, uma dança de egos. Até o dia do blackout.

Uma chuva torrencial derrubou um transformador, mergulhando o Parque Royal na escuridão e no silêncio. O pagode parou. A única luz veio da janela de Daddy Gui, onde um gerador potente mantinha uma lâmpada acesa e um laptop funcionando.

Davi, com seu cavaco à prova d’água embaixo do blusão, viu os jovens da comunidade, entediados e entristecidos, reunidos sob um barraco. A alegria deles havia sido apagada junto com a luz.

Com relutância, ele subiu a ladeira escorregadia e bateu na porta de Daddy Gui.

“Preciso da sua energia,” disse Davi, a água escorrendo de seus cachos.

Daddy Gui olhou para ele, surpreso. “Para o som? Agora?”

“Para a alma,” Davi corrigiu, simplesmente.

Daddy Gui hesitou, mas depois acenou com a cabeça. Ele puxou uma extensão para a varanda. Davi não ligou o som. Sentou-se no chão molhado, encostou o cavaco no peito e começou a cantar. Não um pagode animado, mas uma modinha de viola, antiga e profunda, que sua avó lhe ensinara. Sua voz, sem microfone, era um aconchego no escuro, uma promessa de que a luz voltaria.

Daddy Gui ficou parado na porta, observando. Viu os rostos dos jovens se iluminarem mais com aquela voz do que com qualquer lâmpada. Viu a comunidade se unir, cantarolando junto, compartilhando o que tinham. Ele, com toda sua tecnologia e planos, não conseguira fazer aquilo. Aquele homem, com um pedaço de madeira e cordas, conseguia.

Quando a canção terminou, um silêncio respeitoso pairou no ar, preenchido apenas pela chuva.

“Eu… eu não sabia,” Daddy Gui sussurrou, se aproximando.

“Você nunca parou para ouvir,” Davi respondeu, olhando para cima, seus olhos encontrando os de Gui na penumbra.

Daddy Gui estendeu a mão para ajudá-lo a levantar. Quando suas mãos se encontraram—a mão calejada de Davi do cavaco e a mão suave de Gui do teclado—uma faísca percorreu ambos, mais potente que o retorno da energia elétrica, que naquele momento iluminou toda a comunidade, como um aplauso.

O som não voltou naquele dia. Em vez disso, na varanda de Daddy Gui, sob a luz agora restaurada, eles ficaram conversando. Gui aprendeu sobre a história por trás das músicas. Davi aprendeu sobre os sonhos por trás da ONG.

E no Parque Royal, uma nova música começou a ser composta. Não era apenas pagode, nem apenas um projeto social. Era a melodia, um tanto desafinada no início, mas sincera, de dois mundos que descobriram que a paixão, seja pela música ou por mudanças, tem a mesma raiz. E que às vezes, a pessoa certa para consertar sua melodia é aquela que você pensava estar tentando silenciar.

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