BR Baiano brincou com o cuzinho gostoso do Gabriel

“Baiano e Gabriel: Um Amor em Dois Tons”
Na pequena cidade de Cachoeira, onde o rio Pareaguaçu serpenteia entre casarões coloniais, Baiano vivia tocando seu berimbau na praça principal. Seus olhos verdes e seu sorriso largo conquistavam a todos, mas seu coração batia forte apenas para Gabriel, o dono da livraria à beira do cais.
Gabriel era quieto, de óculos de aro fino e paixão por histórias antigas. Enquanto Baiano espalhava música, Gabriel guardava silêncios entre as páginas dos livros. Os dois eram opostos, mas toda tarde, quando o sol dourado entrava pela vitrine da livraria, Gabriel deixava a porta aberta só para ouvir o berimbau ao longe.
Um dia, Baiano resolveu entrar.
— Você vem aqui todo dia, mas nunca compra nada — disse Gabriel, fingindo concentração no livro que lia.
— Não vim pelos livros — Baiano respondeu, apoiando-se no balcão. — Vim pelo dono.
Gabriel corou, mas não fugiu. E assim, entre acordes e poesia, os dois descobriram que o amor pode nascer até mesmo do que parece diferente: a doçura melódica de Baiano e o quieto universo de Gabriel se entrelaçaram como as águas do rio com as pedras do cais.
E naquela cidade pequena, onde todos sabiam de tudo, ninguém se surpreendeu quando os viram de mãos dadas, criando sua própria história — uma que nem os livros mais antigos da livraria poderiam contar melhor.
Fim. 💛