Boy cums on daddy riding him – David West, Russie Goodboy
David West não acreditava em contos de fada. Sua vida em Londres era um ciclo de reuniões em salas de vidro, apartamentos minimalistas e conexões superficiais. Ele estava em uma pequena cidade costeira da Irlanda para fechar a compra de um antigo armazém, mais um número em seu portfólio de investimentos.
A chuva fina caía quando ele avistou o local. Só que o armazém não era o que estava à venda. A placa, desbotada pelo sal, indicava “The Rusty Anchor Bookshop & Café”. David entrou, irritado com o equívoco, e foi recebido pelo aroma de livros antigos e café fresco.
Lá estava Russie Goodboy.
Ele usava um avental manchado de tinta, e seus braços estavam ocupados em envolver um pacote de livros para uma cliente idosa, enquanto um cachorro vira-lata dormia profundamente aos pés dele. Russie não era apenas bonito; ele era caloroso. Seus olhos sorriam antes mesmo de seus lábios, e sua voz era calma, como o mar em um dia de verão.
“Posso ajudar?” perguntou Russie, e David, pela primeira vez em anos, não soube o que dizer. Ele gaguejou sobre o armazém, sobre o negócio.
“Ah, o velho armazém,” disse Russie, encolhendo os ombros. “Fica atrás da loja. Mas a alma deste lugar é esta livraria. Era do meu avô.”
Nos dias seguintes, David encontrou desculpas para voltar. Ele comprava livros que não ia ler, apenas para ver Russie falar sobre cada um com um brilho nos olhos. Russie lhe mostrava a cidade: os penhascos, o pub local, a praia deserta onde o mundo moderno parecia uma invenção distante.
David descobriu que “Goodboy” não era apenas um sobrenome; era uma profecia. Russie alimentava os gatos da rua, consertava a cerca da vizinha e lia em voz alta para crianças na livraria aos sábados. Ele era bom de um jeito que fazia o coração de David doer, um lembrete de tudo o que sua vida em Londres não tinha.
Uma noite, enquanto ajudava Russie a fechar a loja, David confessou. “Vim aqui para comprar um armazém, mas acho que estou me apaixonando pelo dono da livraria.”
Russie parou de arrumar as pilhas de livros e olhou para ele, seu sorriso suave iluminando o cômodo escuro. “Leva tempo para construir um negócio, David. Mas leva apenas um instante para construir um lar. Você só precisa decidir onde quer colocar as fundações.”
David West não comprou o armazém. Ele desistiu do negócio e da vida em Londres. Em vez disso, ele investiu em “The Rusty Anchor”, não como um proprietário, mas como um parceiro. Ele aprendeu a fazer o café perfeito e, lentamente, começou a reparar o coração partido que havia trazido consigo, curado pela paciência e pelo amor tranquilo de Russie Goodboy.
O armazém atrás da loja? Ele se tornou um espaço comunitário. E todas as manhãs, David acordava ao som das ondas e de Russie preparando o café, certo de que tinha encontrado, finalmente, seu verdadeiro porto seguro.




