Billy Essex and Steven Barrett – a blowjob

O trem das 18h05 para Essex estava particularmente lotado naquela sexta-feira de outono. Steven Barrett, com a testa apoiada no vidro frio da janela, observava o mundo passar em um borrão de cores outonais. Ele estava exausto. A cidade, com seu ritmo frenético e sua solidão barulhenta, já não o preenchia como antes.
Foi então que ele entrou.
Billy Essex era um turbilhão de cores em um mar de terno cinza. Usava uma jaqueta de couro desgastada, jeans e botas, e carregava uma velha caixa de violão, não um laptop. Seus olhos verdes varriam o vagão lotado até pousarem no único assento livre: o ao lado de Steven.
“Tudo bem?” Billy perguntou com um sotaque suave que não era de Londres. Steven apenas acenou, afastando-se um pouco para dar espaço.
Billy se acomodou, e um silêncio constrangedor se instalou. Até que, em uma curva mais brusca, a caixa do violão escorregou e bateu com força na canela de Steven.