Benja Twink (Benjaviano) – a breeding

O vento soprava suave sobre as colinas de Twinbrook, carregando o cheiro de terra molhada e flores silvestres. Foi em um dia assim, comum na sua melancolia, que Benja encontrou algo extraordinário.
Ele estava consertando a cerca velha da sua propriedade, as mãos calejadas pelo trabalho, quando ouviu uma risada cristalina que parecia fazer o sol se espremer por entre as nuvens. Ao levantar os olhos, viu um homem de cabelos dourados como o mel tentando, sem sucesso, abrir o portão do jardim da casa vizinha, que havia ficado vazia por anos.
“Precisa de uma mão?” Benja ofereceu, sua voz mais áspera do que pretendia.
O homem estrangeiro sorriu, sem nenhum sinal de incômodo. “Parece que preciso de duas! É mais teimoso do que eu. Sou Twink. Twink Lumen.”
Twink. O nome soou estranho e delicado na boca de Benja, como algo que poderia quebrar se não fosse manuseado com cuidado. “Benja”, apresentou-se, limpando a mão no jeans antes de estendê-la.
Twink era o oposto de Benja em todos os sentidos. Onde Benja era sólido e enraizado como um carvalho, Twink era movimento e luz, um raio de sol personificado. Pintor de murais, havia se mudado para Twinbrook em busca de paz e de novas paisagens para suas cores.
Os dias se transformaram em semanas, e as cercas que Benja consertava tornaram-se desculpas para conversas. Twink trazia limonada fresca e falava sobre a teoria das cores, sobre como o azul não era apenas uma cor, mas um sentimento. Benja, por sua vez, ensinava-lhe o nome das estrelas e o ritmo silencioso da terra. Ele, que sempre achara sua vida suficiente, descobria uma fome que nem sabia que tinha.
O amor não chegou com estrondo, mas como o crepúsculo: gradual, inevitável, pintando o céu de sua rotina com tons que ele nunca tinha visto. Benja via a maneira como a luz da tarde acariciava os ombros de Twink enquanto ele pintava a varanda, e algo forte e terno apertava seu peito.
A beleza de Twink, ele percebeu, não estava na delicadeza do nome ou na suavidade das mãos, mas na coragem com que ele via o mundo. Twink não tinha medo de ser vibrante, de sentir tudo com uma intensidade que assustava e maravilhava Benja.