BeefCakeHunter – Releasing Marquis Pipe

O sol da tarde dourava a poeira suspensa no ar da arena de rodeio. De um lado das cercas, **Beef**, com seus ombros largos que desafiavam a costura da camisa xadrez, ajustava a corda com mãos calejadas. Ele era a força bruta do campo, a âncora que mantinha tudo no lugar. Do outro lado, **Cake**, com seus olhos claros que viam a beleza na terra revirada, anotava os pesos dos novilhos em um caderno, seus dedos finos manchados de tinta. Ele era o poeta não assumido da fazenda, aquele que registrava cada história.

Eles se completavam em silêncio há anos, como duas partes de uma mesma cerca. Beef sustentava o mundo físico; Cake, o emocional. O amor entre eles não era declarado em praça pública, mas era tão sólido e presente quanto um velho carvalho à beira do rio.

No meio deles estava **Hunter**, o espírito livre, o domador de potros selvagens que trazia o vento da estrada em suas roupas. Hunter era o risco, a aventura que neither Beef nem Cake ousavam viver plenamente. Ele chegava com o cheiro de tempestade e partia com o amanhecer, mas seu coração sempre encontrava o caminho de volta para aquela dupla que era seu porto seguro.

A história de amor deles não era um triângulo, era um tripé.

Nessa tarde específica, o ar estava carregado de mais do que o calor do verão. Hunter, com um olhar mais sombrio que o habitual, preparava-se para montar um garanhão que nem os mais experientes conseguiam domar.

“É loucura, Hunter,” disse Beef, sua voz um rosnado baixo de preocupação. Sua mão enorme pousou no ombro de Hunter, não para impedi-lo, mas para sentir a tensão em seus músculos.

“É a minha loucura, Beef,” respondeu Hunter, com um sorriso torto. Seus olhos então buscaram os de Cake, que observava quieto, o caderno fechado contra o peito. Naquele olhar silencioso, Hunter não via julgamento, apenas um pedido silencioso: “Volte para nós.”

A montaria foi uma tempestade de carne, suor e poeira. Por segundos que pareceram horas, Hunter e o cavalo foram uma única entidade de fúria e graça. Até que o mundo desabou. Hunter foi lançado ao chão com um baque surdo que ecoou no coração de Beef e Cake.

Beff foi o primeiro a chegar, sua força abrindo caminho. Ele ajoelhou-se, suas mãos, tão duras, tocando o rosto de Hunter com uma delicadeza infinita. “Está tudo bem, estou aqui,” sussurrou, a voz embargada.

Foi Cake, porém, quem ajoelhou do outro lado e colocou a mão sobre o coração acelerado de Beef. “Respira, Beef. Ele é forte.” Cake não tirou os olhos de Hunter, e sua presença calma era um bálsamo para o pânico dos dois.

Hunter abriu os olhos, ofegante, e o primeiro que viu foram os olhos preocupados de Beef. O segundo, a mão tranquila de Cake no braço de Beef. Um sorriso dolorido surgiu em seus lábios.

“Vejam só,” ele sussurrou, “o Caçador foi derrubado, mas os seus Caçadores me encontraram.”

Naquela noite, na cabana simples que dividiam, Beef cuidava dos ferimentos de Hunter com água e antisséptico, enquanto Cake preparava um chá calmante. Não havia ciúmes, não havia disputa. Havia apenas o cuidado, uma dança antiga e perfeita entre três corações que haviam se encontrado contra todas as probabilidades.

Hunter, deitado no sofá, observou Beef se levantando para levar uma vasilha com água suja e Cake se aproximando para cobri-lo com um cobertor. Ele esticou a mão, segurando a de Cake, e então alcançou a camisa de Beef, puxando-o suavemente para perto.

“O Caçador de aventuras,” disse Hunter, olhando para Beef, “e o Construtor de lar,” disse, voltando-se para Cake. “E eu… eu sou o laço que trouxe a aventura para o lar e o lar para a aventura. Não amo um de vocês mais do que o outro. Amo o que somos os três juntos.”

Beef envolveu o ombro de Cake com seu braço forte, puxando-o para perto. Cake riu, um som suave e doce que preencheu a cabana.

E naquele abraço de três, sob o teto que os abrigava, eles encontraram a mais rara das caçadas: um amor que não era dividido, mas multiplicado. E era mais do que suficiente.