Beau Mance, Hardin, Neo have a threesome – Grinding For The Alpha

Na esquina mais antiga da cidade, onde o asfalto dava lugar a paralelepípedos, ficava um lugar chamado “O Último Suspiro”. Não era um bar, nem um café, mas algo entre os dois. Seu dono era Beau Mance, um ex-artista de circo que tinha a voz áspera do fumo e os olhos tristes de quem viu demais. Beau não servia apenas bebidas; servia ouvidos. As pessoas iam até lá para sussurrar seus arrependimentos, segredos que queimavam a garganta, histórias que não tinham para quem contar. Em troca, recebiam um gole do “Elixir do Esquecimento” – na verdade, um conhaque barato – e a promessa silenciosa de que aquilo morreria com ele. Era um coveiro de palavras.

O regular mais assíduo era Hardin. Alto, com ombros largos que pareciam carregar o peso de uma cidade inteira, Hardin era o último carregador do antigo porto. Conhecia cada pedra dos cais, cada navio que chegava e partia, cada história que entrava e saía em baús e malas. Ele mesmo era uma história não contada. Sentava-se sempre no mesmo banco, no canto mais escuro, e bebia em silêncio. Quando falava, era em frases curtas e cortantes, como um machado. Sua presença era um muro. Ele não estava lá para confessar, mas para testemunhar. Para lembrar, em carne e osso, de um tempo mais rude e sólido que a cidade queria esquecer.