Bareback That Hole – Romeo Davis & Edward Terrant

Romeo Davis sempre teve o coração voltado para a arte, e seu olhar atento capturava a beleza no mais simples dos detalhes. Ele era um pintor talentoso que, aos 28 anos, já começava a ganhar reconhecimento nas galerias de Paris. Mas o que mais chamava a atenção nele era o brilho nos olhos, uma chama incandescente que parecia refletir o amor que ele tinha pela vida e pelas pessoas.

Edward Terrant, por outro lado, era o tipo de homem que não precisava fazer esforço para ser notado. Com seus 30 anos e uma presença imponente, ele era um escritor famoso, conhecido pela profundidade de suas palavras e pela intensidade de seus sentimentos. No entanto, apesar de seu sucesso, Edward nunca soubera como se conectar verdadeiramente com alguém, até aquele momento.

Era uma noite de verão, e ambos estavam em uma galeria de arte, ambos perdidos em seus próprios pensamentos enquanto observavam as pinturas que adornavam as paredes. Foi quando seus olhares se cruzaram pela primeira vez, e ali, no meio da multidão, o mundo pareceu parar.

Romeo foi o primeiro a quebrar o silêncio.

“Você tem um olhar curioso”, disse, com um sorriso suave. “Como se estivesse buscando algo nas obras, ou talvez dentro de si mesmo.”

Edward o observou, surpreso pela percepção do jovem. Ele havia ouvido falar de Romeo, mas nunca imaginara que o encontraria de maneira tão única.

“Talvez eu esteja buscando algo que me faça acreditar de novo”, respondeu Edward, sua voz baixa e quase melancólica.

A conexão entre eles foi instantânea. Havia algo no modo como conversavam, algo que transcendia palavras, como se já se conhecessem em outra vida. Ao longo da noite, entre risos e confidências, eles descobriram que tinham mais em comum do que imaginavam: ambos tinham medo de se entregar ao amor, ambos eram artistas de alma e, no fundo, desejavam ser compreendidos.

Nos dias seguintes, os dois se encontraram repetidamente, caminhando pelas ruas de Paris, conversando sobre tudo e nada. Eles se entendiam sem precisar de explicações, como se suas almas estivessem sintonizadas em uma frequência única.

Uma tarde, depois de uma longa caminhada pelo Rio Sena, Edward parou de repente, olhando para Romeo com uma intensidade que fez o coração do jovem bater mais forte.

“Eu escrevi sobre você, sabe?”, disse Edward, com um sorriso tímido.

Romeo arqueou uma sobrancelha, intrigado. “Escreveu sobre mim?”

“Sim”, disse Edward, com os olhos brilhando. “Em cada palavra, em cada frase, eu te busquei. Sempre soube que você estava aqui, em algum lugar.”

Romeo sentiu algo profundo tomar conta dele. Era como se as palavras de Edward estivessem trazendo à tona um sentimento que ele já havia guardado por tanto tempo.

“Eu também te busquei”, confessou Romeo, com a voz quase um sussurro. “Não sabia onde você estava, mas senti sua falta.”

Sem dizer mais, Edward tomou o rosto de Romeo entre suas mãos e, num gesto de pura rendição, o beijou. O beijo não foi apressado, mas repleto de uma paixão silenciosa, como se fosse o cumprimento de uma promessa feita antes de ambos nascerem.

A partir daquele momento, o amor entre Romeo e Edward se tornou uma obra de arte viva, colorida, cheia de nuances, sombras e luzes. Eles se amaram com a intensidade de quem já soubera o que era a solidão, mas também o que era a plenitude.

Em Paris, sob as estrelas, eles souberam, enfim, que haviam encontrado a verdadeira obra-prima de suas vidas.