Axel Rockham fucks Alejo Ospina

O silêncio na oficina de Alejo Ospina era um tecido fino, tecido com o zumbido da serra elétrica e o cheiro do carvalho recém-cortado. Como marceneiro, Alejo encontrava paz na ordem precisa das juntas e na previsibilidade da madeira. Era um homem de linhas retas e superfícies polidas, cujo coração guardava suas próprias cicatrizes, entalhes profundos de um amor passado.
Axel Rockham era o oposto de um sussurro. Ele chegou à pequena loja de móveis sob medida como um terremoto, suas botas enlameadas marcando o piso limpo. Era um escultor de aço, um homem que trabalhava com metal fundido e faíscas. Suas mãos, embora fortes, eram gentis ao entregar a Alejo um pedaço de metal retorcido e enferrujado.
“Preciso de uma base de madeira para isso,” disse Axel, sua voz um baixo profundo que ecoou na oficina silenciosa. “Algo que o segure sem aprisioná-lo.”
Alejo olhou para o metal. Era caótico, imperfeito, quase violento em sua forma. Era tudo o que ele evitava. Mas nos olhos de Axel, ele viu não desafio, mas um pedido. Um reconhecimento de que duas coisas opostas poderiam precisar uma da outra para se completarem.
O trabalho começou com uma cortesia profissional. Alejo media, Axel opinava. Alejo preferia mogno; Axel ria e dizia que precisava de algo com mais veias, como um carvalho antigo. Eles discutiam sobre ângulos e equilíbrio. Alejo defendia a simetria; Axel, a beleza do assimétrico.
Mas nas pausas para o café, algo mudava. Axel contava histórias de suas viagens, de noites sob o céu do deserto, de como o aço, sob calor extremo, se tornava flexível como tecido. Alejo, por sua vez, sussurrava sobre a paciência necessária para que uma verniz secasse, sobre como cada madeira tinha uma história contada em seus anéis.
Axel via a quietude de Alejo não como fraqueza, mas como força. E Alejo começou a ver a energia bruta de Axel não como caos, mas como paixão pura, não moldada.
Uma tarde, enquanto Alejo polia a base de carvalho finalizada, suas mãos encontraram as de Axel no metal agora limpo e preso à madeira. O contato foi elétrico. Alejo puxou a mão como se tivesse sido queimado.
“Medo não combina com você, marceneiro,” disse Axel, suavemente.
“Eu não tenho medo,” Alejo mentiu, seu coração batendo forte contra suas costelas.
“Todos temos,” Axel respondeu, seu olhar intenso. “Eu tenho medo de que minha arte nunca mostre o que realmente sinto. Você… você tem medo de que a sua mostre demais.”
A verdade daquela afirmação pairou no ar entre eles, mais pesada que qualquer serragem.
Alejo olhou para a peça final. O carvalho sólido e envernizado, com suas veias expostas, segurando firmemente o metal rebelde e tortuoso. Eram eles. Dois materiais diferentes, unidos numa única obra de arte. A madeira dava um lar ao metal; o metal dava um propósito à madeira.
Ele ergueu os olhos para Axel, e pela primeira vez em anos, não tentou polir o que sentia.
“Talvez,” Alejo disse, sua voz um pouco trêmula, mas clara, “o medo seja apenas a primeira lixa. Ele tira as arestas, mas é o que vem depois que realmente dá forma à coisa.”
Axel sorriu, um sorriso lento e quente que fez o estúdio inteiro parecer mais brilhante. E naquele espaço entre o martelo e a bigorna, entre a serragem e as faíscas, um novo projeto começou—mais ousado, mais frágil e infinitamente mais bonito do que qualquer um deles poderia ter construído sozinho.