Atreyu casted by Douglas Smith for his first porno
O mundo de Atreyu era um palco. Como vocalista de uma banda de post-hardcore em ascensão, sua vida era um furacão de ensaios barulhentos, shows suados em porões abarrotados e letras que arranhavam a superfície de suas próprias feridas. Ele era um vulcão de energia crua, um grito contra o vazio. Nos bastidores, porém, quando a adrenalina baixava, o silêncio era mais aterrorizante que qualquer feedback de guitarra.
Douglas Smith era uma paisagem serena. Um ilustrador de livros infantis, seu universo era feito de pincéis de pelo de texugo, nanquim e aquarelas que matizavam o mundo com suavidade. Enquanto Atreyu explodia em cores primárias e gritos, Douglas sussurrava em tons pastel e linhas delicadas. Seu estúdio era um refúgio silencioso, cheiro de papel e tinta, um antídoto para o caos.
Seus caminhos se cruzaram por acaso. A banda de Atreyu precisava desesperadamente de uma arte para o novo EP. Alguém sugeriu Douglas, conhecido por seu traço único. Relutante, Atreyu foi até o estúdio do ilustrador, vestindo sua armadura de jaqueta de couro e desdém.
Ele esperava encontrar alguém pretencioso. Em vez disso, encontrou Douglas com as mangas arregaçadas, manchado de tinta azul, completamente imerso em desenhar um ouriço triste sob uma chuva de estrelas. A concentração no rosto de Douglas era tão intensa, tão pacífica, que Atreyu sentiu sua própria raiva começar a se dissolver.
“É para a minha irmã mais nova,” Douglas explicou, percebendo a presença de Atreyu. “Ela acha que os ouriços são os palhaços tristes do reino animal.”
Atreyu, sem saber o que dizer, apenas assentiu. Aquele cuidado, aquela doçura, era um idioma estrangeiro para ele.
Douglas aceitou o trabalho. Eles começaram a se encontrar para discutir a arte. Atreyu tentava explicar a agressividade das músicas, a sensação de estar sempre à beira de um colapso. Douglas não fazia julgamentos. Ele apenas ouvia, seus olhos calmos decifrando a tempestade em Atreyu.
Em troca, Douglas começou a compartilhar suas histórias. Mostrou a Atreyu como uma única linha podia conter uma emoção completa, como a ausência de cor era tão poderosa quanto seu excesso. Ele colocou um pincel na mão calejada de Atreyu, ensinando-o a fazer um *wash* suave de azul. Pela primeira vez em anos, as mãos de Atreyu, acostumadas a estrangular um microfone, estavam criando algo gentil.




