Atlas King fucks Shawn Rhimes

O mundo de Atlas King era literalmente carregado em seus ombros. Não o mundo da mitologia, mas o peso da herança familiar: a empresa de construção fundada por seu avô, as expectativas de uma cidade que via nele a continuidade de uma dinastia, e o cansaço constante de tentar ser a fortaleza que todos esperavam. Seus dias eram de concreto, aço e orçamentos, seus fins de semana, solitários em um apartamento de vidro com vista para a cidade que seu sobrenome ajudou a construir.

Tudo mudou numa tarde de sexta-feira, quando uma enxurrada repentina o forçou a se refugiar no único lugar aberto na praça: uma pequena livraria aconchegante chamada “Páginas Cafiradas”.

Dentro, o ar cheirava a papel velho e à lavanda usada para perfumar as estantes. E atrás do balcão, estava Shawn Rhimes.

Shawn era o oposto de tudo que era pesado. Usava um suéter de lã colorido, tinha os braços tatuados com citações de poetas obscuros e um sorriso que parecia desafiar a cinza tempestade lá fora.

“Bem-vindo ao abrigo anti-tempestade”, disse Shawn, sua voz um acalento. “A regra é: todo refugiado do clima tem que sair daqui com um livro.”

Atlas, usualmente fechado, sentiu as defesas baixarem. “Não tenho muito tempo para ler.”

“Todo mundo tem tempo para ler”, Shawn retorceu, gentilmente. “É só uma questão de trocar algo por isso. Preocupações, por exemplo.”