Asiantwinko gets fucked by Enrique Mudu

Asiantwinko não era um nome comum no interior da Galícia, mas era o que os vizinhos chamavam o jovem de olhos amendoados que aparecera misteriosamente na aldeia dez anos antes. Ninguém sabia sua origem exata – apenas que chegara durante a noite de São João, quando as lendas diziam que os portais entre mundos se abriam. Ele vivia numa cabana à beira do bosque, sustentando-se com desenhos estranhamente precisos de constelações que não apareciam em nenhum mapa celeste conhecido.

Enrique Mudu era um antropólogo cético da Universidade de Santiago, enviado à aldeia para documentar festividades pagãs remanescentes. Quando ouviu as histórias sobre “o estrangeiro que desenhava estrelas impossíveis”, sua curiosidade acadêmica se transformou em obsessão pessoal.

O primeiro encontro foi tenso. Asiantwinko trabalhava no jardim quando Enrique chegou com seu caderno de campo.

“Venho estudar suas tradições”, anunciou Enrique.
“Eu não tenho tradições”, respondeu Asiantwinko sem levantar os olhos das ervas. “Tenho memórias.”
“Memórias de onde?”

Asiantwinko finalmente olhou para ele, e Enrique viu algo incomum naqueles olhos – não apenas formato diferente, mas uma profundidade que parecia conter mais anos do que o corpo jovem sugeria.

“De um lugar onde seu sol é apenas uma estrela de terceira magnitude, e onde a sua Via Láctea é chamada de ‘O Rio Perdido’.”

Enrique, o cético, começou a visitá-lo diariamente. Asiantwinko mostrava desenhos complexos – diagramas de navegação estelar, esquemas de engenharia bioluminescente, escrituras em alfabetos curvilíneos que lembravam órbitas planetárias. Cada visita desafiava mais os limites da antropologia convencional.