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Arregaçando o cuzinho do safado – Barrett Fox and Soren Fey

O silêncio da livraria antiga “Páginas e Penumbra” era tão espesso quanto o pó que dançava nos raios de sol que entravam pelas vitrines altas. Era um reino de Soren Fey, um jovem com olhos da cor do musgo e um jeito de se mover que fazia as pessoas se virarem para ver se não havia passado um vento. Soren organizava os livros não pelo autor ou gênero, mas por uma lógica própria e poética: “cheiro de tempestade”, “sussurros de fantasia” ou “cantos de solidão”.

Barrett Fox era o oposto. Um carpinteiro que construía decks e banquetas com mãos calejadas e um sorriso fácil, ele carregava o cheiro de pinho e suor honesto. Sua presença preenchia um espaço, não por arrogância, mas por uma substância sólida e terrena. Ele entrou na livraria atrás de um manual de encanamento, um pedido banal que soava como uma nota dissonante naquele lugar.

“Manual de encanamento,” Barrett disse, sua voz um ruído áspero e agradável contra o silêncio. “A seção de ‘Lágrimas de Casas Velhas’, talvez?”

Soren, que estava no topo de uma escada de caracol, surpreendeu-se com o tom de brincadeira. Ninguém nunca entendia seu sistema.

“Errado,” Soren respondeu, sem olhar para baixo. “Isso ficaria em ‘Soluços e Vazamentos’. Os manuais técnicos estão na seção ‘Esqueletos Expostos’, no fundo.”

Barrett riu, um som que ecoou quente pelas estantes. “Gosto do seu jeito. Parece que os livros têm alma.”

Aquela simples percepção fez Soren descer da escada. Ele olhou para Barrett – para seus ombros largos, suas mãos que pareciam capazes de consertar qualquer coisa, e para os olhos que olhavam para ele não como um estranho excêntrico, mas como alguém interessante.

Barrett nunca encontrou o manual. Em vez disso, encontrou uma desculpa para voltar. Todos os dias, ele aparecia com uma nova pergunta tola, apenas para ouvir Soren tecer uma pequena história em torno da resposta. Soren, por sua vez, começou a ver a poesia nas mãos de Barrett – na forma como ele acariciava a lombada de um livro de capa dura, como se estivesse sentindo o grão da madeira.

O amor deles não foi um incêndio, mas uma construção lenta. Barrett construiu para Soren uma estante flutuante que parecia desafiar a gravidade, para guardar seus livros de “Milagres Cotidianos”. Soren, por sua vez, ensinou Barrett a ler as histórias não escritas nas coisas – a história de uma árvore no veio da madeira, a melancolia na rachadura de uma parede.

Num fim de tarde, a livraria fechada, eles estavam sentados no chão, cercados por pilhas de livros. A luz do entardecer pintava tudo de ouro.

“Você acredita em fadas?” Barrett perguntou, folheando um livro de folclore que Soren tinha colocado em suas mãos.

“Acredito em coisas que são reais, mas que a maioria não vê,” Sorne respondeu, encostando o ombro no de Barrett. “Como a força que mantém as estrelas no lugar. Ou o motivo que faz meu coração bater mais rápido quando você entra na sala.”

Barrett colocou o livro de lado. Sua mão, áspera e familiar, envolveu a mão fina de Soren.

“Então isso é real,” ele sussurrou, seu rosto agora perto o suficiente para Soren sentir seu calor. “Porque a minha também acelera.”

E na penumbra aconchegante da livraria, entre as histórias de outros, os lábios de Barrett Fox, o homem que consertava coisas, encontraram os de Soren Fey, o garoto que via almas em objetos inanimados. Foi um beijo que não fez barulho, mas que ecoou mais alto do que qualquer palavra já lida naquelas paredes. Era o ponto final perfeito para uma história que ainda não tinha sido escrita, mas que, ambos sabiam, seria a sua favorita.

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