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Angel Elias and Dex Devall – Chapter 1

Dex Devall era um homem que colecionava silêncios. Ele os encontrava nas madrugadas chuvosas de Londres, entre as páginas de livros antigos e no vapor subindo de sua xícara de chá. Sua vida era uma tapeçaria tranquila de horários e rotinas, um refúgio cuidadosamente construído contra o barulho do mundo. Ele era um ourives de palavras, consertando livros raros em uma pequena loja escondida em um beco, onde o tempo parecia ter desacelerado por gentileza.

Angel Elias era o oposto. Ela não andava, dançava; não falava, cantarolava; e seus cabelos cacheados pareciam capturar toda a luz disponível, formando uma auréola desobediente. Ela pintava constelações em telas vazias e acreditava que a melhor música era o ruído da cidade. Angel chegou à loja de Dex como um furacão de cores, trazendo um livro de poesias do século XVIII que havia herdado e que estava desmontado, com as páginas soltas.

“Preciso de alguém que devolva a magia para ele”, disse ela, colocando os fragmentos frágeis sobre o balcão com uma reverência que contrastava com sua energia.

Dex concordou com um aceno quieto, seus dedos habilidosos já avaliando o trabalho. Enquanto ele colava, costurava e restaurava, Angel voltava todos os dias. Ela não vinha apenas ver o progresso; vinha para falar. Falava sobre a melancolia dos pombos na praça, sobre o sabor do café de um vendedor ambulante específico, sobre seus sonhos de pintar um mural que cobrisse um prédio inteiro.

A princípio, Dex a via como uma interrupção. Mas, lentamente, os silêncios que ele tanto valorizava começaram a parecer… vazios. Ele se pegou esperando pelo som dos passos saltitantes dela, pela porta que rangia de uma maneira específica quando ela a empurrava.

Ele reparou que ela sempre usava meias coloridas, diferentes todos os dias. Ele começou a fazer-lhe perguntas mínimas, apenas para ouvir as histórias por trás daquelas pequenas explosões de cor.

Um dia, Angel chegou excepcionalmente quieta. O céu fora da loja estava cinza e pesado.
“Hoje o mundo está sem melodias”, ela sussurou, encostando a testa na vitrine fria.

Dex, pela primeira vez, sentiu uma urgência que não conhecia. Sem dizer uma palavra, pegou um pequeno pedaço de papel pergaminho, o mesmo que usava para reparos delicados. Com sua caneta nanquim, ele desenhou uma única estrela de cinco pontas, perfeita e intricada. Deslizou o papel para ela sobre o balcão.

“Para você lembrar que elas ainda estão lá, mesmo que você não as veja”, ele disse, sua voz mais suave do que o habitual.

Angel olhou para o desenho, depois para ele. Seus olhos, normalmente brincalhões, estavam sérios e profundos. Naquele momento, algo frágil e precioso foi colado entre eles, tão delicado quanto as páginas que Dex restaurava.

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