Andrew Blacksmith, Axel Ross, Bernie Bagel – a twink threesome

No fim da rua das Oficinas, o som era de martelo batendo em metal. Era o domínio de Andrew Blacksmith, o ferreiro artesão. Andrew não fazia ferraduras ou espadas; ele forjava esculturas de ferro, mobiliário urbano e portais intricados para jardins de gente rica. Seu corpo era um mapa de músculos e pequenas queimaduras, e sua forja era uma caverna de sombras dançantes e calor intenso. Andrew acreditava na verdade do fogo e na permanência do ferro. Seu mundo era pesado, sólido, lento.
Na esquina oposta, o som era de pneus cantando no asfalto e risadas altas. Era a OFICINA ROSS, uma garagem de customização de bicicletas e fixies, comandada por Axel Ross. Axel era velocidade pura. Cabelos descoloridos pelo sol, tatuagens de engrenagens nos braços, ele transformava quadros de aço em criaturas leves e velozes, pintadas com cores neon. Seu mundo era de movimento, de linhas fluidas, do vento no rosto. Enquanto Andrew criava coisas para ficarem paradas, Axel criava coisas para nunca pararem.
E no meio dos dois, cheirando a canela e fermento, ficava a BAGEL’S BERNIE, uma minúscula padaria de bagels artesanais administrada por Bernie Bagel. Bernie era um homem redondo, de sorriso fácil e mãos infalíveis para sentir a elasticidade perfeita da massa. Seu universo era o do ponto exato: a fervura antes do forno, o topping de sementes de papoula, o interior macio dentro da casca crocante. Ele era o ponto de equilíbrio do bairro, a pausa no caos, o conforto previsível.
Os três coexistiram por anos em uma tolerância pacífica. Andrew achava Axel barulhento e superficial. Axel achava Andrew um brutamontes antiquado. Bernie achava os dois excelentes clientes – Andrew vinha pelo bagel de centeio com queijo forte, que sustentava seu trabalho pesado; Axel pelo bagel de tudo com cream cheese e salmão, que comia em três mordidas antes de sair pedalando.




