Altydalty (Dalton Montgomery) fucks and creams Zane Kazan

**O Pianista e o Ourives**
Altydalty, cujo nome verdadeiro ninguém usava há anos, era um fenômeno. Como Dalton Montgomery, ele era um pianista de jazz aclamado, um furacão de talento que enchia casas de show. Como Altydalty, era um homem solitário, cuja vida real acontecia entre as quatro paredes de seu loft, longe dos holofotes.
Zane Kazan era um ourives turco que trabalhava com o silêncio. Suas mãos, finas e precisas, transformavam metais e pedras em pequenas maravilhas. Sua loja ficava no térreo do mesmo prédio antigo onde Altydalty morava.
Todas as madrugadas, quando Altydalty voltava dos shows, com os dedos latejando e a cabeça cheia de melodias não resolvidas, ele via a luz aconchegante da ourivesaria ainda acesa. Zane trabalhava até tarde, moldando suas joias sob a luz suave de uma lâmpada de bancada.
Uma noite, uma tempestade derrubou a energia do prédio. No escuro, com os sons da cidade amortecidos pela chuva, Altydalty desceu as escadas, atraído pela única chama que via: a vela na vitrine de Zane.
“Precisa de abrigo?” Zane perguntou, abrindo a porta. Sua voz era calma, como o tilintar de um sino de cristal.
Em vez de responder, Altydalty se aproximou do piano de cauda que Zane mantinha num canto da loja, coberto por um pano de veludo. “Posso?”, sussurrou.
Sob a luz tremula da vela, com a chuva como percussão, Altydalty tocou. Não foi o jazz complexo e vigoroso de seus shows, mas uma melodia simples, triste e bela, que havia nascido na solidão de seu loft. Era a música de Dalton Montgomery, não de Altydalty.
Quando a última nota se dissipou no ar, Zane estendeu a mão. Em sua palma, havia um pequeno pingente de prata, na forma de uma clave de sol, com um minúsculo diamante incrustado onde a espiral se encontra.
“Eu ouvia os pedaços dessa música através do teto”, Zane confessou, sua voz um fio de som. “Estava tentando capturar seu som no metal.”
Altydalty pegou o pingente. Pela primeira vez em anos, alguém não estava vendo o artista, o pseudônimo, a persona. Zane havia escutado a alma por trás da música.
“Zane”, ele disse, usando o nome verdadeiro do ourives pela primeira vez. “Meu nome é Dalton.”
O sorriso que Zane deu foi mais brilhante que qualquer diamante. Naquela ourivesaria, envoltos pelo cheiro de cera e metal, o furacão encontrou seu porto seguro, e o ourives encontrou a melodia que suas mãos ansiavam moldar. Juntos, no silêncio da noite, eles estavam finalmente completos.