Alo_Twink fucks Cole Bently (notashyboi)

O ar na galeria de arte estava carregado de um burburinho suave e do cheiro de vinho tinto e queijo. Cole Bently, ou notashyboi para seus seguidores online, encostava-se na parede branca, tentando parecer descontraído. Por dentro, seu coração batia um ritmo acelerado contra suas costelas. Ele estava acostumado a ser o centro das atenções, mas naquela noite, toda a sua confiança havia evaporado.
Ele estava lá por uma razão específica: encontrar o artista por trás da série de pinturas digitais intitulada “Ecos Cósmicos”. As obras eram uma explosão de cores neon contra fundos escuros, retratando figuras andróginas com expressões intensas e vulneráveis. Elas mexiam com algo profundamente enterrado dentro de Cole.
E então, ele o viu.
Parado perto de sua obra-prima, uma tela que mostrava um astronauta flutuando ao lado de uma glicínia que brilhava no vácuo, estava Alo_Twink. Ele era mais baixo do que Cole imaginava, com um cachecol listrado enrolado frouxamente no pescoço, apesar do calor interno. Seus dedos manchados de tinta gesticulavam suavemente enquanto explicava sua técnica para um pequeno grupo de admiradores.
Cole esperou. Quando a multidão diminuiu, ele respirou fundo e se aproximou.
“Estas são… incríveis”, Cole disse, sua voz um pouco mais áspera do que o normal.
Alo_Twink se virou, e seus olhos, da cor do mel, se arregalaram por uma fração de segundo. Um sorriso tímido surgiu em seus lábios. “Obrigado. Você é… Cole, certo? notashyboi? Eu assisto seus streams.”
“Você assiste?” Cole surpreendeu-se. Ele sentiu um calor subir por seu pescoço.
“Às vezes. Você é engraçado. E tem uma boa voz para o rap”, disse Alo, encolhendo os ombros como se fosse nada, mas seu olhar era intenso. “É estranho você estar aqui. Não parece muito seu estilo.”
“É o seu estilo que me trouxe aqui”, Cole corrigiu, corajosamente. “Eu… eu me sinto visto por elas. De uma forma que não sei explicar.”
O burburinho da galeria desapareceu por um momento. Alo_Twink estudou o rosto de Cole, e a máscara do artista confiante caiu, revelando uma curiosidade genuína e uma pontinha de surpresa.
“Quer tomar um ar?” Alo sugeriu, indicando a porta lateral que levava a um pequeno pátio tranquilo.
Lá fora, o ar da noite estava frio e claro. Eles ficaram em silêncio por um momento, olhando as luzes da cidade.
“Eu te vi num stream há alguns meses”, Alo disse, quebrando o silêncio. “Você estava falando sobre se sentir um personagem na própria vida. Sobre performar uma versão de si mesmo. Eu estava me sentindo exatamente daquele jeito naquele dia. A pintura do astronauta… eu comecei naquela noite.”
Cole ficou pasmo. Ele lembrava daquela transmissão. Tinha sido uma noite vulnerável, rara para ele. “Você transformou minha confusão em algo… bonito.”
“Você transforma sua confusão em algo engraçado e com uma batida legal. São só mediums diferentes”, Alo respondeu, seu ombro encostando levemente no de Cole.
Cole olhou para ele, realmente olhou. Viu a vulnerabilidade por trás das cores neon, a coragem de colocar sentimentos tão crus em uma tela. E Alo viu a profundidade por trás das piadas e da persona confiante de Cole, o menino que era um pouco mais shy do que seu username deixava transparecer.
“Eu gosto do seu medium”, sussurrou Cole.
“E eu do seu”, sussurrou Alo em resposta.
Sob a luz pálida da lua, rodeados pela arte que os uniu, não houve necessidade de performance. Quando as pontas dos seus dedos se encontraram, não foi um acidente. Foi a pincelada final em uma obra que ambos nem sabiam que estavam criando juntos.