Ali Rush (aligotback) fucks Manuel Capri

O estúdio do Canal 99 cheirava a café velho e ansiedade reciclada. Era a meia-noite, e o programa Insônia Urbana estava no ar, transmitindo para as almas desperta das grandes cidades. No centro da sala, sob a luz crua dos holofotes, Ali Rush, conhecido online como @aligotback, ajustava seu fone de ouvido com dedos inquietos. Seu cabelo estava mais despenteado que o normal, e seus olhos, geralmente cheios de uma curiosidade febril, estavam fixos em um ponto além da câmera. Ali era o mestre do conteúdo estranho: teorias de conspiração marginal, histórias de arquivos perdidos, fenômenos inexplicáveis da internet. Sua audiência não queria notícias; queria presságios.

Do outro lado da mesa de vidro, sentado com uma postura desconcertantemente relaxada, estava Manuel Capri. Ele usava um blazer de tweed puído sobre uma camisa aberta, e seus olhos escuros pareciam absorver a luz em vez de refleti-la. Capri era um “antropólogo do digital”, um acadêmico desgraçado que estudava o que chamava de “fantasmagorias da rede” – memes que se comportavam como vírus conscientes, fóruns que pareciam entidades vivas, algoritmos que desenvolviam idiossincrasias. Ele era convidado raro, quase um mito entre os círculos que Ali frequentava.

“Ali, estamos ao vivo em 3, 2, 1…” sussurrou a produtora.