Alexandro Cabrera bangs Brady – Part 01

O mundo de Alexandro Cabrera era feito de silêncio e linhas retas. Como arquiteto, sua vida era um exercício de precisão: esboços meticulosos, orçamentos rigorosos e a satisfação solitária de ver uma ideia abstrata tornar-se concreto e funcional. Seus dias eram uma sucessão de reuniões, plantas baixas e o som abafado de sua própria respiração em um apartamento imaculado.
Tudo mudou em uma tarde de outono, no metrô.
Alexandro estava voltando para casa, a mente ocupada com os cálculos de uma viga mestra, quando a música começou. Não era o som habitual de um músico de rua. Era o violão soul de um homem mais velho, cuja voz, áspera como concreto, carregava uma melodia antiga e dolorosamente bela. Era uma serenata cubana, cheia de saudade e ritmo suave.