Alex Myers fucks Chenny (Xchennyxxx)

Alex Myers era um mestre em rotinas. Seu mundo era de linhas retas: o trajeto perfeito para o trabalho, a xícara de café às 8h47, o código no computador que seguia uma lógica implacável. Sua vida era silenciosa, ordenada e, embora ele não admitisse, um pouco solitária.

Tudo mudou quando a nova vizinha se mudou para o apartamento ao lado. Chenny (ou Xchennyxxx, como seu username gritava nas caixas de som que ele ouvia através da parede) era um furacão de cores e sons. Ela pintava telas enormes no corredor, tinha riso que ecoava como sinos e pediu uma xícara de açúcar num domingo de madrugada, vestindo pijamas com estampas de ducks.

Alex ficou fascinado e aterrorizado. Chenny era caos. Ela derrubava tinta, esquecia as chaves, falava com as plantas. Ele, por hábito (e um impulso que não entendia), começou a arrumar silenciosamente o caos dela: deixava um café extra na porta quando ela tinha aula matinal, concertava a fechadura emperrada, organizava as latas de tinta por cor.

A primeira conversa real aconteceu no telhado do prédio, uma noite em que o elevador quebrou.
“Ah, é você, o Homem-Fantasma-Organizador”, disse Chenny, sentando-se ao seu lado com uma garrafa de chá. “Obrigada pelo café de ontem. Salva-vidas.”
“É só… eficiência”, Alex respondeu, encarando suas mãos.
Chenny riu. “Eficiência? Isso foi gentileza pura, Alex Myers.”

Ela apontou para as estrelas, visíveis apesar da poluição luminosa, e começou a conectá-las com o dedo, formando constelações improváveis: um gato, uma xícara voadora, um coração desengonçado. Alex, que sempre vira as estrelas como pontos em um mapa cósmico preciso, viu pela primeira vez uma história sendo desenhada no céu.

Aos poucos, as linhas retas de Alex começaram a se curvar. Ele trocou uma hora de código por uma aula de pintura abstrata (era um desastre, mas ria muito). Chenny, por sua vez, começou a apreciar a beleza de uma rotina — a segurança de saber que haveria sempre um café quente e alguém para ouvir seu entusiasmo pelo novo quadro.

O clímax veio no inverno. Chenny recebeu uma proposta para uma residência artística em outro país. Era o sonho dela. Alex sentiu seu mundo perfeitamente organizado desmoronar em silêncio. Na noite da decisão, ele foi ao telhado. Ela já estava lá.

“Eu não quero atrapalhar seu caos”, ele disse, a voz rouca. “Mas também não consigo imaginar meu mundo organizado sem ele.”
Chenny olhou para ele, os olhos brilhando como as estrelas que ela desenhava. “Você nunca atrapalhou, Alex. Você deu um chão para o meu caos. E eu… acho que dei um pouco de céu para a sua ordem.”