Alex Brand and Dave Wikkinson fuck – Hard Cummers

O vento soprava frio nas docas, mas Alex Brand não sentia. Enfiada até o queixo no casaco, ela ajustava o tripé com uma precisão que era quase uma fúria. A cena era perfeita: o rio escuro, os contêineres coloridos empilhados como blocos de Lego gigantes e a Londres vintage do outro lado, iluminada por um sol que se despedia. Era sua última sessão de fotos na cidade antes da mudança para Edimburgo.
“Mais um dia, mais uma despedida”, pensou, com o amargor habitual.
Foi então que um som a fez baixar a câmera. Não era o grasnar das gaivotas ou o ruído distante do trânsito, mas o som suave e melancólico de um saxofone. A melodia era “In a Sentimental Mood”, de Duke Ellington, e fluía como fumaça quente no ar gelado.
Ela se virou. Sentado num banco de concreto, com o caso do instrumento aberto a seus pés, estava um homem. Dave Wilkinson. Ele usava um gorro de lã que escondia parte do cabelo, mas nada podia esconder a concentração serena em seu rosto enquanto os dedos dançavam sobre as chaves do saxofone. Seus olhos estavam fechados, como se a música fosse um lugar para onde ele pudesse escapar.
Alex, cuja vida era feita de enquadrar o mundo através de uma lente, sentiu-se estranhamente desarmada. Sem pensar, levantou a câmera e clicou. O *click* do obturador pareceu um trovão na suavidade do momento.
Os olhos de Dave se abriram. Eram da cor do céu antes da chuva.
“Espero que eu esteja com minha melhor angulação”, disse ele, com um sorriso que fazia cócegas nos cantos da boca.
“Desculpe”, Alex corou, algo que ela não fazia há anos. “A luz… você… ficou bom.”
“Dave”, apresentou-se, estendendo a mão. A dela estava gelada; a dele, surpreendentemente quente.
“Alex.”
Ele guardou o saxofone com uma calma que contrastava com a agitação interna dela. “Estou tirando o pó da velha paixão. Costumava tocar profissionalmente, mas a vida… bem, a vida acontece.