Adrian Hart, Trevor Brooks, Augie Ryder – Hard Time, Harder Fuck

O silêncio na van era tão denso que dava para ouvir o ronco do motor fundido. Adrian Hart, com as mãos ainda tremulas no volante, olhou pelo retrovisor. A fumaça subia do capô como um sinal de rendição.

“Ótimo,” murmurou Trevor Brooks, sacudindo a poeira do casaco impecável. “Ficamos presos no meio do nada, Indiana, por causa de um ‘pressentimento’.” Ele olhou para o terceiro homem no banco de trás.

Augie Ryder, de olhos fechados e um colar de contas entrelaçado nos dedos, não se abalou. “Não foi um pressentimento, Trevor. Foi uma visão. O acidente na estrada principal. Estávamos no caminho certo para ele.”

“Visão,” Trevor cuspiu a palavra. “Prefiro a lógica. E a lógica diz que agora vamos morrer de hipotermia.”

Adrian, o pacificador, suspirou. “Parem, vocês dois. Vamos ver se conseguimos sinal.” Ele saiu da van, o ar gelado cortando como uma lâmina. Nenhuma barra no celular.

Foi Augie quem viu a luz fraca, mais adiante na estrada secundária. “Lá,” ele apontou, sua voz calma como sempre.

Sem outra opção, os três seguiram a luz, que os levou a um celeiro antigo, transformado em uma oficina mecânica improvisada. Um homem idoso, com o rosto marcado pelo tempo, os recebeu.