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A Love Affair – Caio Rodrigues and Filipe Prado fuck

O mundo de Alexandro Cabrera era feito de silêncio e linhas retas. Como arquiteto, sua vida era um exercício de precisão: esboços meticulosos, orçamentos rigorosos e a satisfação solitária de ver uma ideia abstrata tornar-se concreto e funcional. Seus dias eram uma sucessão de reuniões, plantas baixas e o som abafado de sua própria respiração em um apartamento imaculado.

Tudo mudou em uma tarde de outono, no metrô.

Alexandro estava voltando para casa, a mente ocupada com os cálculos de uma viga mestra, quando a música começou. Não era o som habitual de um músico de rua. Era o violão soul de um homem mais velho, cuja voz, áspera como concreto, carregava uma melodia antiga e dolorosamente bela. Era uma serenata cubana, cheia de saudade e ritmo suave.

O cantor era o senhor Cabrera. Não tinha parentesco com Alexandro, mas compartilhava seu sobrenome e, como Alexandro descobriria, uma solidão que ecoava a sua.

Alexandro parou, esquecendo do seu destino. Havia uma história naquela voz, uma história de ilhas distantes, amores perdidos e danças sob o luar. Era o oposto completo de seu mundo ordenado. Era caótico, orgânico e profundamente humano.

Ele começou a pegar aquele metrô todos os dias, no mesmo horário. Tornou-se um ritual. Parava por alguns minutos, ouvia uma ou duas músicas e deixava uma nota generosa no estojo do violão. Nunca falavam. Apenas trocavam um aceno de cabeça, um reconhecimento silencioso.

Até que, em um dia particularmente difícil, em que um projeto importante foi rejeitado, Alexandro chegou à estação com os ombros carregados de um peso que nenhum cálculo podia aliviar. Ele se apoiou em um pilar, fechou os olhos e esperou pela música.

O senhor Cabrera começou a tocar. Mas, naquele dia, a música era diferente. Era mais suave, quase um acalanto. E então, ele começou a cantar. Sua voz, normalmente poderosa, sussurrava a letra em espanhol, e seus olhos, escuros e profundos, estavam fixos em Alexandro.

A letra falava de um homem jovem que carregava o mundo nos ombros, que construía castelos no ar, mas se esquecia de morar neles. Falava da beleza da força, mas também da beleza de se render, de descansar.

Era como se o velho músico estivesse lendo sua alma.

Quando a música terminou, o silêncio que se seguiu foi diferente de todos os outros. Alexandro se aproximou, suas mãos, treinadas para desenhar estruturas, trêmulas.

— “Como… como você sabia?” — sua voz saiu como um sopro.

O senhor Cabrera sorriu, um sorriso que criava um mapa de linhas finas ao redor de seus olhos.

— “Filho, caras como a nossa… elas contam a mesma história. Você constrói paredes. Eu canto para derrubá-las. No fundo, é a mesma coisa: estamos tentando encontrar um lugar onde o eco da solidão não seja tão alto.”

Alexandro não conseguiu responder. A emoção apertou sua garganta. Ele apenas assentiu.

— “Venha,” disse o velho, guardando o violão. — “Vou te comprar um café. Um cubano, forte e doce. Vai curar o que os planos não conseguem.”

E naquela cafeteria barulhenta, cercado pelo aroma de café e pelo som da língua espanhola, Alexandro Cabrera, o arquiteto, descobriu que a estrutura mais importante que poderia construir não era feita de aço e concreto, mas de histórias compartilhadas, de um sorriso gentil e da melodia inesperada que pode preencher o vazio mais silencioso. Ele havia encontrado, num túnel de metrô, um porto seguro. E um novo começo.

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