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A grande pica – Vega Triplex e WantonBoy

O ar na galeria “Cisne de Néon” estava carregado de perfume caro e críticas sussurradas. Nas paredes, as pinturas de Vega Triplex desafiavam o espectador: figuras geométricas perfeitas, cores calculadas matematicamente, uma estética tão impessoal e controlada que beirava o agressivo. Vega, vestindo um terninho preto impecável, circulava entre os convidados com um sorriso cortante, um farol de ambição gelada. Sua arte era um castelo de lógica, e ela era sua rainha inexpugnável.

Até que WantonBoy entrou.

Ele não passara pela porta principal. Apareceu no meio da sala como um fenômeno, um vazamento de realidade em um mundo de simulação. Seu cabelo era uma explosão de roxo, suas roupas uma colagem de rasgos e retalhos. Ele não era um convidado; era uma intervenção de arte viva. Em suas mãos, latas de tinta spray balançavam como armas descuidadas.

“Triplex!” ele gritou, sua voz um acorde rouco que cortou a conversa fiada. “Seu trabalho é lindo, mas está morto! Precisa de um coração!”

Antes que a segurança pudesse se mover, ele se virou para a parede mais branca da galeria—um espaço sagrado destinado à próxima peça de Vega—e começou a pintar. Não eram palavras. Era um turbilhão de cores, formas orgânicas e caóticas que pareciam sangrar, rir e dançar. Era o caos absoluto, a antítese de tudo que Vega representava.

A segurança o agarrou, mas Vega, paralisada, ergueu a mão.
“Parem.”

Ela caminhou até a parede, seus saltos altos ecoando no silêncio mortal. Ela observou a pintura selvagem, o vandalismo, a pura emoção crua que respingava sobre sua própria existência calculada. E então, ela olhou para WantonBoy. Sua maquiagem estava manchada, seus olhos brilhavam com uma fúria sagrada.

Ele sorriu, desafiador. “Aí está. Uma alma para o seu cubículo.”

Todos esperavam que ela chamasse a polícia. Em vez disso, Vega Triplex, a arquiteta da perfeição, riu. Um som genuíno e surpreso que ela mesma não conhecia.

“Você estragou meu vernissage,” ela disse, mas sua voz não tinha raiva. Tinha curiosidade.

“Eu o tornei interessante,” ele retrucou.

Naquela noite, a galeria fechou com a pintura de WantonBoy ainda na parede. Vega não conseguia parar de olhar para ela. Era um erro, um acidente, um crime. E era a coisa mais viva que ela tinha visto em anos.

Ela o encontrou no dia seguinte, sentado nos degraus de uma escadaria pública, desenhando em um caderno amassado.

“Ensine-me,” ela disse.

WantonBoy levantou os olhos, surpreso. “Ensinar o quê?”

“Como não ter medo de ficar suja.”

Seu romance não foi um encontro de almas gêmeas, mas uma colisão de galáxias. Vega aprendia a misturar tinta com os dedos, a deixar as linhas tortas, a encontrar beleza no acidente. WantonBoy, por sua vez, aprendia sobre disciplina, sobre como o caos podia ser direcionado para criar algo ainda mais poderoso. Ele a chamava de “Minha Rainha do Caos”. Ela o chamava de “Meu Terremoto Particular”.

Num telhado, sob um céu cheio de estrelas que Vega podia nomear e constelações que WantonBoy reinventava com sua imaginação, ele pegou um spray dourado e pintou um pequeno coração ao lado de uma assinatura “Vega Triplex” que ele a obrigara a rabiscar na parede.

“Vê?” ele sussurrou, seu rosto perto do dela, cheirando a tinta e liberdade. “Agora sua assinatura tem um batimento.”

Vega olhou para o coração desengonçado, para a tinta que escorria como sangue dourado. Era imperfeito. Era desordenado. Era dela. Ela o puxou para um beijo, e naquele momento, Vega Triplex, pela primeira vez, não queria ser uma rainha em um castelo. Ela só queria ser uma mulher, beijando um furacão, e descobrindo que, no centro do caos, existia uma paz que a perfeição nunca poderia oferecer.

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