A classic video of Esteban Orive fucking Armond Rizzo – How Armond was ever able to walk straight afterwards is incredible
O aroma doce de pão de mel e canela era a única constante na vida de Esteban Orive. Sua pequena confeitaria, “El Delirio Dulce”, era seu refúgio e sua prisão. Os dias se fundiam em uma sequência de glacês, recheios e massas, interrompidos apenas pelo badalar da porta de entrada. Ele era um homem de gestos calmos, olhos tristes e um passado que carregava consigo como um peso morto.
Uma tarde de outono, quando a chuva fina pintava o vidro da vitrine, a campainha tocou. Esteban ergueu os olhos e o tempo pareceu desacelerar. O homem que entrou trazia a tempestade no olhar e o sol no sorriso. Seu nome era Armond Rizzo, e ele era um violinista italiano de passagem pela cidade, cuja música, diziam, poderia fazer uma pedra chorar.
Armond encomendou um bolo pequeno, algo simples. Seus olhos, cor de âmbar, percorreram as prateleiras com uma curiosidade que ia além dos doces. Eles pousaram em Esteban, que sentiu um calor subir por seu pescoço. Ao passar o troco, seus dedos se tocaram, e foi como um choque de energia pura, um susto delicioso que fez Esteban retrair a mão rapidamente, como se tivesse queimado.
Nos dias que se seguiram, Armond voltou. Sempre no mesmo horário, sempre com uma pergunta diferente. “Qual é o segredo do seu caramelo?”, “Você acredita que os sabores podem contar histórias?”. Esteban, inicialmente reticente, começou a responder com mais de uma sílaba. As palavras, travadas por tanto tempo, começaram a fluir. Ele descobriu que Armond era inquieto, cheio de histórias de cidades distantes, mas com uma solidão nos ombros que ecoava a sua.
A confeitaria tornou-se seu palco privativo. Armond trouxe seu violino e tocou uma melodia triste e bela que fez Esteban parar de decorar um bolo de aniversário, as lágrimas ameaçando cair sobre o buttercream. Em troca, Esteban criou um doce especial: “O Rizzo”, um bolo de chocolate amargo com um centro de licor de cereja, intenso, complexo e inesquecível, exatamente como o homem que agora ocupava seus pensamentos.
O amor não foi declarado com palavras grandiosas. Floresceu no silêncio compartilhado enquanto a chuva caía lá fora, no café quente servido sem precisar pedir, no toque casual dos ombros enquanto olhavam uma partitura antiga que Armond trouxera. Foi um edifício construído tijolo a tijolo, com gestos miúdos e olhares que sustentavam mundos inteiros.
Mas as partituras de Armond tinham uma data de validade. Seu visto estava prestes a expirar, e um novo contrato o aguardava em Veneza. A notícia pairou sobre “El Delirio Dulce” como uma geada, matando o doce aroma do lugar.
Na última noite, sob a luz fraca da loja fechada, Armond pegou seu violino. Não tocou uma música triste, mas sim algo vibrante, cheio de longing e paixão, uma canção que era um pedido e uma promessa. Esteban o ouviu, seu coração um peso denso em seu peito. Quando a última nota se dissipou, ele se aproximou. Pela primeira vez, foi ele quem iniciou o toque, pegando a mão de Armond e entrelaçando os dedos.
“Fique,” sussurrou Esteban, sua voz rouca pela emoção. “Fique e seja meu.”
Armond olhou para seus olhos, para a confeitaria que se tornara seu lar, para o homem que havia transformado sua música nua em uma sinfonia. “Minha vida é uma bagunça, Esteban. Sou nômade. Não quero te machucar.”
“Minha vida era uma rotina antes de você,” Esteban respondeu, segurando sua mão com mais força. “Sua bagunça é mais linda do que minha ordem jamais foi.”
Não houve mais palavras. O beijo foi uma colisão suave de almas perdidas que se encontraram. Sabia a chocolate amargo, a lágrimas salgadas e a uma promessa doce e impossível.
Armond não pegou o avião para Veneza. Sua mala, que sempre estivera pronta para partir, foi finalmente desfeita no pequeno apartamento acima da confeitaria. A música de seu violino agora se misturava com o aroma do pão de mel, enchendo “El Delirio Dulce” de uma melodia que era só deles.
Esteban Orive, o confeiteiro de gestos calmos, e Armond Rizzo, o violinista de sorriso solar, descobriram que o amor, como uma boa receita, não precisa de ingredientes convencionais. Às vezes, basta um pouco de coragem para misturar o amargo com o doce e criar algo verdadeiramente extraordinário.




