Maksim Orlov fucks Louis Ricaute (louis_ricaute)

No coração de São Petersburgo, onde o vento do Neva corta como uma lâmina, dois mundos coexistiam em desdém mútuo.

No Estúdio Orlov, o ar cheirava a terebintina e cera de abelha. Maksim Orlov era um escultor de gelo. Não um artesão de festas, mas um artista premiado, cujas obras monumentais de gelo puro e neve compactada desapareciam em semanas ou dias, deixando apenas fotografias e um vazio glorioso. Seu domínio era o efêmero, a beleza que sabia morrer. Suas mãos, protegidas por luvas térmicas, esculpiam tronos, dragões e figuras humanas que choravam literalmente sob o sol. Maksim era frio, concentrado, um homem de silêncios gelados e olhos que viam formas onde os outros viam apenas blocos.

Do outro lado do pátio, em um loft com janelas imensas, vivia Louis Ricaute. Para o mundo do Instagram, ele era louis_ricaute, um fotógrafo francês exilado na Rússia, famoso por seus retratos que capturavam o calor humano em cores douradas e sépias. Ele fotografava bailarinos suados, ferreiros em fornalhas, famílias em banquetes barulhentos. Sua arte era sobre perpetuar o instante, capturar o fugidio e torná-lo eterno em papel couché. Considerava o trabalho de Maksim uma tragédia premeditada, um desperdício sublime.