Step-Dad’s Banana BJ – Benny Fox and Ty Roderick fuck
O armazém abandonado na Rua do Cais não era um lugar, era um personagem. De dia, dormia sob a poeira e o musgo. Mas às noites de sexta-feira, ele acordava. As lâmpadas de néon trêmulas ligavam, um sistema de som improvisado rosnava, e o chão de concreto vibrava com o impacto de botas e tênis. Era o “Covil”, o underground da cena de luta ilegal da cidade. E Benny Fox era sua atração principal.
Benny não era o maior, nem o mais brutamontes. Era um esguio fio de raiva contida e movimentos de vídeo game, um furacão de chutes giratórios e esquivas impossíveis. Lutava pelo dinheiro, sim, para pagar as contas da tia doente. Mas também lutava pelo rugido da multidão, pela fuga temporária que o ringue de concreto lhe proporcionava. Sua vida era um ciclo de treinos solitários, lutas suadas e a dor surda que insistia em não sarar.
Ty Roderick apareceu em uma noite de chuva fina, aquele tipo de chuva que gruda na pele. Ele não se misturava com a multidão suada de operários e estudantes à procura de emoção barata. Usava um sobretudo cáqui, estava deslocado, e seu rosto era uma máscara de observação clínica. Era jornalista investigativo, e tinha ouvido rumores sobre o “Covil” e seu fenômeno, o “Raposa”. Viera para fazer uma matéria expositiva, para desmontar aquela operação ilegal.
A primeira luta que Ty viu Benny lutar foi uma coisa brutal e, inesperadamente, graciosa. Benny era feroz, mas havia uma arte na sua ferocidade, uma estratégia por trás de cada golpe. Ty, que esperava ver apenas selvageria, viu narrativa. Viu a história de um garoto encurralado que transformava seu corpo em uma arma de sobrevivência. Sua caneta, que deveria condenar, hesitou.
O encontro aconteceu depois da luta, nos fundos do armazém, onde Benny enxugava o sangue do lábio com uma toalha suja. Ty se aproximou, não como um repórter, mas como alguém que tinha visto algo.




