Jay Alexander and Alejo Garcia (Brad2307) fuck
Na cidade de Nova Avalon, onde néons pintavam a chuva com cores líquidas, dois mundos colidiram em uma noite de outono.
**Jay Alexander** era um solucionador de problemas. Não um terapeuta, mas um “limpador digital”. Empresas contratavam seus serviços para entrar em sistemas invioláveis, apagar rastros e desaparecer sem deixar pegadas. Ele operava sozinho, sua única companhia o zumbido constante dos servidores em seu loft blindado. Seu próximo alvo: uma corporação de biotecnologia chamada **Genomadix**.
O que ele não esperava era o firewall humano.
**Alejo Garcia**, conhecido online apenas como **Brad2307**, era o oposto. Um prodígio do violino que trocou o conservatório por linhas de código. Ele não protegia sistemas por dinheiro, mas por ideologia. A Genomadix, para ele, guardava pesquisas que poderiam curar doenças raras, e ele as defendia com a paixão de um maestro protegendo sua orquestra. Seu avatar era uma combinação de seu apelido de gamer e o ano em que seu avô, um violinista, falecera: 2307, como na numeração de uma obra musical.
A intrusão de Jay foi elegante, uma sonata de algoritmos. A defesa de Alejo foi uma sinfonia de contra-ataques, imprevisível e emotiva. Por horas, eles dançaram no éter digital, um tentando encontrar uma brecha, o outro fechando portas com harmonies lógicas. Frustrado, Jay fez o impensável: deixou uma mensagem embutida em um pacote de dados, um desafio. “Um café. Amanhã. 14h. ‘O Velho Grão’. Vem sozinho.”
Alejo, movido por uma curiosidade que superou a cautela, aceitou.
No café aconchegante, o contato foi eletrizante. Jay, de terno preto discreto e olhos calculistas, esperava por um troll da internet. Encontrou um jovem de olhos ardentes e mãos de artista, com um caso de violino ao lado. Alejo esperava um mercenário cínico. Encontrou um homem com a postura de um soldado, mas com uma inquietação na voz que denunciava cansaço da própria guerra.
— Por que defender a Genomadix? — perguntou Jay, direto. — Eles são apenas mais uma corporação gananciosa.
— Porque meu irmão tem uma doença genética rara — respondeu Alejo, firme. — A pesquisa deles na variante ALG-7 é a mais promissora do mundo. Os dados que você quer roubar… não são sobre lucro. São sobre vida.
Jay ficou em silêncio. Seu cliente dissera que os dados eram planos para uma arma biológica. Ele fora enganado. Fora pago para sabotar uma cura.
Naquela tarde, uma aliança improvável nasceu. Jay, com suas habilidades de desaparecer, e Alejo, com seu conhecimento profundo do sistema, elaboraram um novo plano. Jay invadiria novamente, mas desta vez, sob a cobertura sinfônica de Alejo, extrairiam apenas uma coisa: a prova de que um executivo da Genomadix estava vendendo os dados sensíveis no mercado negro, desviando a pesquisa.
A operação foi uma obra-prima. Jay dançou pelas sombras enquanto Alejo conduzia as defesas como uma orquestra, criando distrações perfeitas. Eles expuseram o traidor, salvaram a pesquisa e, no processo, descobriram que o executivo era o próprio cliente de Jay.
Na despedida, sob a luz fraca de um poste, Alejo abriu o caso do violino.
— Minha arma secreta — brincou, tirando o instrumento. — A lógica protege o sistema, mas a música protege a alma.
Ele tocou uma melodia curta, triste e esperançosa. Era a mesma que seu avô compusera.
Jay, que não ouvia música há anos, sentiu algo rarear dentro de si. Não era um código que podia ser decifrado, nem um problema a ser resolvido. Era apenas… humano.
— Brad2307 — disse Jay, com um meio-sorriso. — Boa melodia.
— Jay Alexander — respondeu Alejo, guardando o violino. — Boa parceria.
Eles seguiram caminhos diferentes. Jay continuou seu trabalho, mas agora com um filtro moral recém-descoberto. Alejo voltou a codificar, mas também a compor. Às vezes, nas noites quietas de Nova Avalon, Jay acessava um canal de streaming anônimo onde um violinista, com o nick Brad2307, tocava para um pequeno grupo de ouvintes. E sempre que a música começava, Jay parava, desligava todas as telas e apenas ouvia. Lembrando que, no vasto e frio universo do código, havia espaço para uma sinfonia inesperada.




