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Fooling around and getting blown by a small young twink – Blake Mitchell (mrblakemitchell)

Blake Mitchell acordou com o peso familiar da ansiedade no peito. Era segunda-feira. Para a maioria, significava o início de mais uma semana comum. Para ele, Blake, conhecido na internet como **@mrblakemitchell**, significava a pressão silenciosa de criar.

Havia uma época em que a câmera era uma extensão da sua mão. Nos seus vídeos, ele explorava becos esquecidos da cidade, desvendava histórias de pequenos negócios familiares ou simplesmente capturava a poesia dos dias nublados. Cada *reel*, cada post, era um fragmento de um diário visual que milhares de pessoas acompanhavam com carinho. O “mrblakemitchell” era sinônimo de descobertas autênticas.

Mas a autentidade é um combustível que se esgota quando vira obrigação. A necessidade constante de inovar, os algoritmos mudando as regras, a comparação subconsciente com outros criadores… tudo isso havia criado um bloqueio. A câmera agora parecia um olho julgador, e a tela em branco do editor, um abismo.

Sentado à mesa da cozinha, Blake olhou para a câmera profissional, caríssima, que piscava com uma luz vermelha indicando que estava carregada e pronta. Pronta para o quê? Ele não tinha ideia.

Foi então que seu avô, que morava com ele, entrou na cozinha, arrastando os pés no chão de madeira.
— “Blake, meu neto, você com essa cara de quem perdeu o melhor *frame* do dia,” disse o velho, com um sorriso bem-humorado.
— “É o bloqueio de sempre, vô. Acho que não tenho mais nada pra mostrar.”
O avô olhou para a câmera, depois para a janela, onde a luz da manhã filtrada pela nesga do prédio ao lado desenhava um retângulo dourado no chão.
— “Aquela sua máquina… a antiga, de rolo, ainda funciona?”

Blake franziu a testa. Ele tinha uma câmera analógica, herança do próprio avô, guardada em uma caixa. Era tudo que o “mrblakemitchell” não era: lenta, imprevisível, limitada.
— “Deve funcionar. Por quê?”
— “Porque hoje é dia de feira livre no Largo da Matriz. Me leve. E leve *essa*,” apontou para a antiga. “Sem celular. Sem vídeo. Só você, um velho tagarela e 36 fotos por rolo.”

A proposta era um antídoto tão estranho que Blake aceitou.

Na feira, o mundo parecia ter voltado a ter textura. O cheiro de terra das hortaliças, o vapor dos pastéis, o colorido das flores, o ritmo das negociações. Sem a pressão de filmar ou a necessidade de um ângulo perfeito, Blake observava. Ele via as mãos calejadas do verdureiro escolhendo os tomates, o sorriso sem dentes da senhora do bolo de milho, a concentração de uma criança tentando escolher uma única bala.

E ele fotografava. Devagar. Girando o anel de foco manualmente, ajustando a abertura pelo *feeling*. Cada clique era uma decisão consciente, não um disparo em série. O avô caminhava ao seu lado, contando histórias da feira de cinquenta anos atrás, apontando para rostos que ele ainda reconhecia.

No final da manhã, Blake percebeu algo. A ansiedade tinha dado lugar a uma calma curiosidade. Ele não estava criando conteúdo; estava apenas *vendo*. E, de alguma forma, isso era a essência de tudo que o “mrblakemitchell” já tinha sido.

Algumas semanas depois, o filme foi revelado. As fotos não eram tecnicamente perfeitas. Algumas tinham granulação, outras um foco suave, outras capturavam um momento despretensioso e belo. Blake, movido por um impulso genuíno, digitalizou uma sequência: as mãos do verdureiro, a criança com a bala, o rosto do avô rindo com o vendedor de queijo.

Ele editou um *reel* simples, sem efeitos dramáticos, apenas as imagens passando ao som suave do barulho ambiente da feira que ele tinha gravado escondido no bolso. Na legenda, escreveu: **”Desconectando para conectar. Obrigado, vô. Obrigado, feira. A vida não cabe em 60 segundos, mas às vezes 60 segundos nos lembram dela. – Blake”**.

Ao postar, ele não ficou olhando as notificações. Desligou o computador e foi tomar um café com o avô.

Naquela noite, ao checar, viu que o vídeo tinha um número comum de visualizações. Mas os comentários eram diferentes. “Isso me lembrou da minha infância”, “Que olhar sensível”, “Authentic vibe, man”, “Mr. Blake está de volta à sua essência”.

Blake Mitchell sorriu, não com a alegria efêmera dos *likes* altos, mas com a satisfação profunda de quem reencontrou o motivo pelo qual começou. O **@mrblakemitchell** não era um personagem ou uma marca; era apenas ele, Blake, e seu jeito de ver o mundo. E, naquele dia, ele finalmente se lembrou de como se fazia isso. Um frame de cada vez.

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