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Bruce Jones, Jax Thirio – Muscle Punch Scene 1

O silêncio no apartamento de Jace Starr era opressivo, quebrado apenas pelo zumbido distante da geladeira. Depois do diagnóstico, até o ar parecia mais pesado. As cartas de “boa sorte” e “força” sobre a mesa da sala pareciam objetos de um mundo distante, um mundo onde o futuro era uma certeza e não um precipício.

Foi sua irmã, em uma tentativa desesperada de “trazer alguma vida para este lugar”, que apareceu com a caixa de transporte. Dentro, enrolado em um cobertorzinho, estava um pequeno vira-lata de pelagem preta tão profunda que parecia absorver a luz. Seus olhos, porém, eram dois pedaços de âmbar brilhante, que fixaram em Jace com uma intensidade perturbadora. A plaquinha vermelha na coleira dizia apenas **HADES**.

“Ele era o último da ninhada,” disse sua irmã, tentando parecer animada. “Ninguém quis. Acham que ele dá azar.”

Jace, exausto, apenas assentiu. O nome parecia adequado. Bem-vindo ao meu pequeno inferno particular, pensou.

Nos primeiros dias, Pup Hades foi um turbilhão de destruição mínima. Mordeu os pés do sofá, perseguiu sombras na parede, latiu para o aspirador de pó como se fosse um demônio de outra dimensão. Jace, preso à fadiga avassaladora do tratamento, assistia deitado no sofá, sem energia para reagir. Sua raiva era silenciosa, dirigida ao universo, à doença, e agora, um pouco, àquela bola de pêlo preto e energia insolente.

A mudança começou de forma sutil. Em uma manhã particularmente difícil, Jace desmaiou no banheiro. Quando a névoa se dissipou, ele estava no chão frio, e um calor úmido e insistente lambia sua mão. Pup Hades estava ali, encostado nele, ofegante, seus olhos âmbar cheios de uma preocupação primitiva. Pela primeira vez, seu latido não era de excitação, mas um chamado agudo e ansioso.

A partir daquele dia, Pup Hades tornou-se uma sombra diferente. Não mais uma fonte de caos, mas uma presença constante e vigilante. Quando Jace ficava horas imóvel no sofá, o cachorrinho subia e se aninhava em seu colo, seu peso pequeno e quente um lembrete tátil da vida. Nos dias de quimioterapia, quando o enjoo era insuportável, Hades ficava deitado no chão frio do banheiro, sua cabeça apoiada na borda do vaso, um companheiro silencioso no pior momento.

Ele desenvolveu um sexto sentido para a dor de Jace. Antes mesmo de uma crise de ansiedade ou uma dor de cabeça forte se manifestar, Hades aparecia, esfregando o focinho na mão de Jace ou colocando a cabeça no seu colo, como se tentasse absorver o desconforto.

Uma noite, no auge de um desespero silencioso, Jace olhou para o cachorro, que dormia em uma bola preta a seus pés. “Por que você não foi com alguém… mais fácil, Hades?”, sussurrou.

Como se entendesse, Pup Hades abriu um olho âmbar. Ele não veio lamber seu rosto ou fazer graça. Ele simplesmente esticou o pescoço e colocou seu focinho gelado sobre o pulso de Jace, sobre a veia onde o soro entrava. Um gesto pequeno, firme, de reconhecimento. *Estou aqui. Neste inferno, estou aqui.*

Jace começou a sorrir mais. Primeiro para o cachorro, depois para o mundo. As caminhadas curtas no quarteirão, inicialmente uma tarefa hercúlea, tornaram-se o ponto alto do dia de ambos. Pup Hades, com seu peito estufado e o rabo erguido como um pequeno estandarte negro, parecia proteger não apenas Jace, mas o próprio caminho à sua frente.

O futuro ainda era uma incógnita. Mas agora, não era mais um precipício solitário. Era um caminho, talvez difícil, que eles percorreriam juntos.

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