Jax Thirio fucks Austin Ponce – You Dropped Something

Na cidade-fortaleza de Novus Kraton, onde o entretenimento era processado, pasteurizado e distribuído em cápsulas de realidade virtual, Jax Thirio era uma anomalia. Ele era um mascarado, o último de uma linharia que remontava aos antigos bufões e atores. Mas suas máscaras não eram de couro ou madeira; eram feitas de “poeira de memória” e luz polarizada, capazes de mudar não apenas seu rosto, mas sua aura, seu cheiro, até a sensação térmica ao seu redor. Ele era um mímico absoluto.

Seu espetáculo, “O Eco Humano”, era uma obscura atração de fringe theatre. Jax se postava sozinho no palco e, sem um único som, se tornava qualquer pessoa da plateia por trinta segundos perfeitos. Não uma imitação física grosseira, mas uma captura da essência: a arrogância contida de um banqueiro, a ansiedade saltitante de uma estudante, o cansaço denso de um operário. O público saía perturbado, visto demais, e o show de Jax era sempre prestes a ser fechado pelas autoridades, que o consideravam “desestabilizador para a ordem pública perceptiva”.

Austin Ponce era o oposto. O produtor de talentos mais bem-sucedido de Novus Kraton, especializado em criar personas para a mídia. Ele pegava pessoas comuns e as polia até virarem arquétipos brilhantes e inofensivos: o “Revolucionário Consciente”, a “Ingênua Sagaz”, o “Gênio Torturado”. Ele vendia identidades pré-fabricadas, e o público as comprava avidamente. Para Austin, um humano era um conjunto de dados e tendências, esperando para ser empacotado.