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Dream Boy Bondage – Captured Again Chapter 8 – Leo Edwards

Na cidade portuária de Breveton, conhecida por seus mapas náuticos e velhos marinheiros, Leo Edwards era uma anomalia. Enquanto todos traçavam rotas para lugares existentes, Leo dedicava sua vida a mapear o que não estava mais lá.

Sua pequena livraria, “A Bússola Quebrada”, não vendia best-sellers. Estava repleta de atlas desatualizados, diários de viagens de exploradores falecidos e, seu produto mais peculiar: os Mapas das Ausências. Eram obras delicadas, feitas à mão, que não mostravam estradas ou cidades, mas o que havia sido perdido. O Mapa dos Primeiros Bosques de Breveton, com cada árvore centenária cortada marcada por uma mancha de aquarela pálida. O Mapa dos Acenos dos Faróis Apagados, mostrando feixes de luz que não cortavam mais a névoa. O Mapa dos Cheiros do Mercado Antigo, uma legenda de aromas extintos: tabaco de corda, peixe defumado no carvalho, melado escorrendo de barris.

Os moradores viam Leo com uma curiosidade mansa. Alguns o achavam um nostálgico incurável; outros, um poeta disfarçado de cartógrafo. Mas todos, em segredo, sentiam um puxão no coração ao ver um de seus mapas, reconhecendo uma sombra de um mundo que haviam conhecido e deixado desaparecer sem luto.

O trabalho de Leo não era sobre saudade vaga. Era sobre registro. Ele acreditava que para saber para onde se vai, é vital lembrar o que foi deixado para trás. Ele passava dias nos arquivos municipais, entrevistava os mais idosos, cheirava livros antigos para capturar traços de perfumes esquecidos.

O ponto de virada veio quando o velho cinema Art Déco, o Rialto, recebeu ordem de demolição para dar lugar a um complexo de apartamentos. Para a cidade, era progresso. Para Leo, era o apagamento de um capítulo inteiro de afetos. Em vez de protestar, ele fez o que sabia.

Na véspera da demolição, ele colou, nas portas fechadas do Rialto, um mapa. Não do prédio, mas de suas ecos. O ponto onde um casal se beijou pela primeira vez ao ver Casablanca. O assento no fundo onde uma criança riu tanto que derramou seu refrigerante. O som específico da cortina de veludo se abrindo. O cheiro de pipoca feita com óleo de coco. A mancha de luz do projetor que dançava com a poeira.

Ele chamou de Mapa do Rialto Vivo.

Na manhã seguinte, uma pequena multidão se reuniu em frente ao cinema. Não para protestar com cartazes, mas em silêncio, apontando para os detalhes do mapa, compartilhando suas próprias memórias. “Meu pai me trouxe aqui”, disse um homem. “Foi meu refúgio quando me mudei para a cidade”, contou uma mulher.

O construtor, um homem prático, chegou para iniciar o trabalho e viu a cena. Irritado, rasgou o mapa da porta. Mas então, algo aconteceu. Uma senhora muito idosa, com um andador, se aproximou dele e disse, com voz suave mas firme: “Você pode derrubar as paredes, jovem. Mas as sombras que dançaram nelas, os suspiros e os sonhos que essas poltronas testemunharam… esses você não pode tocar. E esse homem”, ela apontou para Leo, que observava de longe, “deu a eles um território.”

O construtor olhou para os rostos, para os pedaços de papel rasgado, e depois para o prédio silencioso. Não era mais apenas concreto e reboco; era um recipiente cheio de histórias. A ordem de demolição não foi cancelada, mas ele a adiou. E então, financiou uma ideia: a fachada do Rialto seria preservada e integrada ao novo complexo, tornando-se um lobby e um pequeno espaço comunitário. E nas suas paredes, não haveria quadros abstratos, mas uma reprodução permanente do Mapa do Rialto Vivo, de Leo Edwards.

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