Pride Palace Orgy – Part 2 – Jace Starr, Jaxon Valor, Paco Colombiano, Peter Pean, Pierce Paris, RickandGriff, Silver Steele, Teddy Graham, ThroatMeATL

A Dama Noturna era o cassino mais luxuoso e seguro de Nova Avalon, propriedade do enigmático Pierce Paris. Dizia-se que seu cofre, batizado de “O Apicultor”, era impenetrável. Até que, em uma manhã, ele amanheceu aberto, com apenas um item faltando: o “Pacífico de Sangue”, um rublo imperial de ouro manchado com uma lenda sombria.

A segurança chefiada por Silver Steele, um ex-militar com uma mão biomecânica e um passado mais escuro que seus óculos espelhados, estava em frangalhos. As câmeras captaram apenas um borrão elegante e os sensores de movimento foram enganados por uma interferência de baixa frequência. O único que conseguia rir da situação era Teddy Graham, o detetive legista cínico do departamento, sempre com um pacote de biscoitos de canela no bolso.

“Trabalho interno”, afirmou Steele, olhando para a equipe desmoralizada. “Ou um fantasma com muito estilo.”

A pista veio de uma fonte inesperada: ThroatMeATL, um informante do submundo digital conhecido por vender segredos através de canais de rap battle criptografados. Ele vendeu, por uma quantia obscena em criptomoeda, um nome: Peter Pean. Pean não era um ladrão, mas um “artesão do caos”, especialista em criar distrações impossíveis. Ele fora visto nas docas, fazendo negócio com um contrabandista conhecido apenas como Paco Colombiano, que operava um hidrofólio silencioso usado para desaparecer com itens quentes pelo rio.

A investigação levou Steele e Graham a um bar underground, “O Naufrágio Dourado”. Lá, encontraram a dupla mais irritante da cidade: RickandGriff. Rick, o gênio da logística com um plano para tudo, e Griff, seu irmão mais forte que um touro e com metade da paciência. Eles estavam se gabando de um “serviço de entrega discreta” realizado na noite do roubo.

“Foi um trabalho simples. Pegar uma encomenda no pier 33 e levar para o armazém 7”, disse Rick, orgulhoso. “O cliente pagou em adiantamento, anônimo. O pacote? Uma caixa de ressonância sônica, daquelas usadas em shows.”

Foi quando Jace Starr, uma repórter investigativa obstinada que farejava a história por trás do crime, apareceu com uma peça crucial. Ela mostrou a Steele um vídeo de um concerto de música experimental na noite do roubo. O áudio, analisado por seu técnico de som, continha uma frequência sub-sônica idêntica à assinatura do sistema de alarme do cofre “Apicultor”. A banda era um projeto de arte obscuro chamado “Sussurros Valor”.

O nome fez Steele estremecer. Jaxon Valor. Um mito. Um ladrão-assaltante que só atacava os que considerava moralmente corruptos, deixando sempre uma carta de baralho — o Valete de Espadas — como marca. Nenhuma carta foi encontrada no cassino.

A peça final do quebra-cabeça veio do próprio Pierce Paris, sob pressão. Ele confessou, não o roubo, mas o motivo. O “Pacífico de Sangue” não era seu. Ele havia ganho em um jogo sujo de um oligarca russo. E o rublo era, na verdade, um dispositivo de armazenamento com os nomes de agentes duplos de uma potência estrangeira. O oligarca queria de volta. Paris contratou Peter Pean para criar a distração musical e Paco Colombiano para fornecer a fuga pelo rio. Ele mesmo abriu o cofre, forjou o roubo e entregou o rublo.

Mas quem encomendou a caixa de ressonância para RickandGriff? Quem enviou a frequência específica para a banda? Quem garantiu que a distração fosse perfeita?

No armazém 7, Steele e Graham encontraram apenas a caixa de ressonância, vazia. E sobre ela, um único cartão de visita preto. No verso, uma mensagem: “Às vezes, a maior distração é fazer todos olharem para o ladrão, enquanto a verdade sai pela porta dos fundos. O sistema foi testado. Obrigado. – J.V.”

Jaxon Valor nunca quis o rublo. Ele queria expor a vulnerabilidade do cassino e as conexões perigosas de Paris. Usou todos como peças: Pean como o artífice, Colombiano como o bode expiatório potencial, RickandGriff como os entregadores inocentes, e até a banda como instrumento inconsciente.