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Beau Butler, John Jai, Ander The Viking – Band Of Breeders Part 2

O bar *The Rusty Compass* não era um lugar para pessoas suaves. Era um antigo galpão portuário onde o vento ainda cheirava a sal, ferrugem e histórias não contadas. Lá, a atração principal era **Ander, o Viking**. Um marceneiro de mãos largas e cabelo cor de trigo sujo, ele não lutava em batalhas épicas, mas travava uma guerra silenciosa contra a madeira velha, transformando vigas de navios desmontados em móveis brutais e belos. Seu mundo era de força aplicada, suor honesto e uma solidão tão vasta quanto os mares que seus ancestrais navegavam.

Dois espectadores regulares observavam seu trabalho ao longe, do lado de fora da grande janela do bar.

O primeiro era **Beau Butler**. Um florista com mãos que entendiam a linguagem mansa das pétalas e a arquitetura delicada dos galhos. Seu quiosque ficava na praça do mercado, um explosão de cor em meio ao cinza do cais. Beau vinha ao Rusty Compass para uma cerveja no fim do dia, mas seus olhos azuis – da cor dos miosótis que ele vendia – ficavam presos em Ander. Viam não apenas a força, mas a reverência com que o homem acariciava o grão da madeira, como se estivesse libertando uma alma presa. Beau sonhava com o contraste: a aspereza das mãos de Ander contra a delicadeza de uma rosa.

O segundo espectador era **John Jai**. Um ex-contador que agora pilotava uma food truck de curry tailandês, *”O Dragão Dourado”*, estacionado em frente ao bar. John era pragmático, rápido, seu movimento uma coreografia de facas e woks em chamas. Mas após o último cliente, ele acendia um cigarro e seu olhar, perspicaz e cansado, seguia Ander. John admirava a *paciência* do viking. A paciência que ele, John, havia perdido em meio a planilhas e prazos. Viu em Ander alguém que não media o tempo em minutos, mas em camadas de verniz, em ângulos perfeitos.

Por meses, eles orbitaram Ander como satélites tímidos. Beau deixou cair propositalmente um ramo de eucalipto prateado na porta da marcenaria. Ander o achou e o prendeu acima de sua bancada, onde a madeira cheirava a floresta. John começou a levar, depois do jantar, uma tigela de curry extra-picante para “aquecer o galpão”. Ander aceitava com um aceno quieto, achando estranha mas agradável a rotina.

O inverno apertou, e uma tempestade cortou a energia do cais. O Rusty Compass ficou às escuras, iluminado apenas por velas e a fornalha da marcenaria de Ander, que ele mantinha acesa com lascas de madeira.

Beau, enregelado, procurou abrigo no único lugar com calor visível: a porta aberta da marcenaria. John, com sua food truck impotente, seguiu-o minutos depois. Encontraram Ander sentado em um banco tosco, esculpindo à luz do fogo uma peça pequena e complexa.

— “É um quebra-cabeça,” disse Ander, sua voz grave um baixo contra o uivo do vento. “Feito de uma única peça de madeira. A graça não é montar, mas descobrir como as partes se movem sem se separar.”

Beau sentou-se em um tamborete, fascinado pelas flores estilizadas que Ander esculpia na madeira. John se apoiou na bancada, cruzando os braços.

— “Parece complicado demais para pouco retorno,” comentou John, pragmaticamente.

— “Não é sobre retorno,” respondeu Ander, olhando para Beau, depois para John. “É sobre conexão oculta. As partes parecem soltas, mas estão todas ligadas. Sempre estiveram. Só é preciso olhar do jeito certo.”

O silêncio que se seguiu não era desconfortável. Era carregado. A luz do fogo dançava nos rostos dos três: a suavidade de Beau, a astúcia de John, a força quieta de Ander. Cada um viu, naquele momento, o que os outros traziam: a beleza, o ritmo, a constância.

Foi Beau quem quebrou o feitiço, estendendo a mão para tocar a madeira esculpida. Sua mão fina pairou sobre o trabalho áspero de Ander. John, observando, moveu-se. Não para separar, mas para completar. Colocou sua mão, firme e marcada por pequenas queimaduras, ao lado da de Beau, sobre a bancada, num ato de posse silenciosa e oferta.

Ander olhou para as duas mãos sobre seu trabalho. Uma promessa de delicadeza. Uma promessa de fogo. Ele então colocou sua própria mão, enorme e marcada, por cima das deles. O toque foi um choque quente, uma conexão que fechou o circuito.

Não houve palavras grandiosas. A tempestade rugia, e dentro daquele galpão, três mundos solitários encontraram seu eixo. Descobriram que o amor, como o quebra-cabeça de Ander, podia ter mais de duas peças. Que podia ser a resistência da madeira, a fragrância da flor e o calor do curry. Que podia ser um porto seguro para um Viking, um jardim secreto para um florista e um lar em movimento para um nômade.

No dia seguinte, a energia voltou. Mas algo havia mudado. Um vaso de cerâmica rústica, feito por Ander, apareceu no quiosque de Beau, sempre com flores selvagens. O curry de John ganhou um novo ingrediente secreto, um mel silvestre que Beau colhia. E a marcenaria de Ander cheirava agora a jasmim, canela e carvalho.

Eles não eram um segredo, mas uma lenda tranquila no cais. A história do Viking, do Florista e do Cozinheiro, que descobriram que o amor mais resistente não é uma linha reta, mas um nó bem entalhado, onde três cordas diferentes se sustentam e se fortalecem, capazes de enfrentar qualquer tempestade, ancorados no porto que construíram juntos.

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