AmadorBarebackBoqueteBrasileirosDotadosVídeos Gays

Latin twink takes two cocks in the shower – Arthurzinho Carioca, Igor Baianinho

O boteco **”O Gargalo”** era um dos últimos redutos da Lapa que resistia ao avanço do polimento. Suas paredes sujas de fumaça guardavam a história do samba em fotos desbotadas, e o assoalho de madeira rangia com o peso de gerações de bambas. À meia-noite de uma sexta-feira, o ar estava carregado do cheiro de cerveja derramada, suor e expectativa.

No canto mais estratégico, de costas para a parede, estava **Arthurzinho Carioca**. Baixinho, olhos vivos como os de um pardal, ele tinha no pandeiro uma extensão do próprio corpo. Seus dedos batiam no couro não apenas ritmo, mas *conversa*. Ele era a memória viva do partido-alto, sabia de cor a linhagem de cada samba, o nome de quem compôs qual resposta, a história por trás de cada verso picante. Seu pandeiro era o coração do **”Pagode do Gargalo”**, o último lugar onde o samba de raiz ainda era uma conversa íntima, não um espetáculo.

A porta se abriu, e uma nova energia entrou. Era **Igor Baianinho**. Alto, tranças finas e um sorriso que parecia iluminar o canto escuro. Ele carregava um violão com um sticker de uma bandeira Rastafári e um banjo *cavaquinho* personalizado, com captadores. Igor era a nova safra: vinha dos becos do subúrbio baiano recém-instalado no Rio, e trazia o samba-reggae, o pagodão do Bahia, uma pitada de funk melody. Para ele, o samba era uma árvore viva, e novos galhos precisavam brotar. Seu celular, apoiado em um mini-tripé na mesa, transmitia tudo ao vivo para seus seguidores no **@IgorBaianinhoFiel**.

Arthurzinho viu o equipamento e seu rosto se fechou. “Aqui não é camarim, moço. É salão.”

Igor, sem perder o sorriso, puxou uma cadeira. “Tudo bem, seu Arthur! É pra valorizar. A rapaziada de Salvador precisa ver essa raiz carioca verdadeira. É cultura!”

A roda começou. Arthurzinho, com seu pandeiro no colo, deu o primeiro toque, seco e preciso, marcando o compasso binário do samba tradicional. O violão do primeiro violista rasgou uma levada clássica, e a voz rouca de um velho sambista entoou: *”Oi, que saudade que eu tenho / Da minha infância que passou…”*

Igor respeitou o início, acompanhando com acordes básicos no violão. Mas quando chegou sua vez de “responder” no canto, sua voz, mais melódica e limpa, saiu naturalmente com um *swing* diferente, uma ginga mais próxima do axé. Ele não o fez por desrespeito, era seu DNA musical falando mais alto.

Arthurzinho franziu o cenho. Para ele, era como colocar ketchup na feijoada.

Igor, então, durante um improviso do violão, sacou seu *cavaquinho* elétrico. Plugou em um mini-amplificador de pilha (proibido pelas leis não escritas do Gargalo) e soltou um riff rápido, limpo, com uma levada que lembrava mais o “Pagode do Tchakabum” do que o partido-alto.

O pandeiro de Arthurzinho parou. O silêncio foi súbito e cortante, só o zumbido do mini-amplificador ecoava.

“Desculpa aí, seu Arthur,” Igor disse, percebendo o clima. “É que o groove tava pedindo.”

Arthurzinho colocou o pandeiro na mesa com um baque seco. “Groove? Aqui o que tem é *samba*. E samba tem lugar, tem hora e tem dono do verso.”

Igor baixou o cavaquinho. A live no celular continuava, os comentários rolando rápido: “BRAVO IGOR!”, “TÁ CHATO ESSE VELHO”, “RESPEITA A RAÍZ MANO”.

“Tudo evolui, seu Arthur,” disse Igor, mantendo a calma. “Meu avô, lá da Bahia, tocava samba de roda debaixo do pé de manga. Mas ele não ficava bravo quando meu tio botou uma guitarra elétrica. Disse que a mangueira dava sombra pra música nova também.”

Arthurzinho olhou para as fotos na parede, para os rostos sorridentes e suados de bambas que já se foram. Sentiu o peso da tradição, não como um fardo, mas como um altar.

“Evoluir é uma coisa,” Arthurzinho falou, pegando o pandeiro novamente. “Desrespeitar a roda é outra. A roda tem dono? Não. Mas tem dono do *momento*. E o momento, agora, é do samba de raiz. Se você quer botar seu tempero, espera tua vez. E toca junto, não por cima.”

Igor olhou para o celular, para os comentários brigando. Olhou para os músicos mais velhos, que observavam em silêncio. Ele desligou a transmissão ao vivo.

“Tá certo,” ele disse, simplesmente. Desplugou o cavaquinho e guardou o mini-amplificador. “Me mostra então. Me ensina o lugar da hora.”

Vídeos relecionados

Botão Voltar ao topo

BRASILEIROS FUDENDO 🔥

X