Ronney Rebelle fudeu gostoso o cuzinho do puto Nathan Luna

A lua sobre Nova Arcádia não era a mesma. Um tom roxo-sangue tingia sua luz, refletindo nas torres de aço e vidro da megalópole. Na superfície, era a cidade mais avançada da Terra. Nos subterrâneos, era um caldeirão de esquecidos, onde a água pingava de dutos enferrujados e a esperança era um artigo raro.

Foi em um desses becos, onde o holograma de um anúncio de cerveja cintilava intermitente, projetando uma felicidade falsa sobre o lixo, que Ronney Rebelle se esgueirava. Seu sobrenome era uma alcunha que grudou, mas era perfeito. Ele não protestava com cartazes; sua rebelião era silenciosa, quase espiritual. Um desconector. Num mundo onde cada pensamento, cada emoção, cada memória era registrada, catalogada e vendida pela Rede Neural Central (RNC), Ronney tinha um dom raro: ele conseguia encontrar e cortar os fios digitais que amarravam as pessoas ao sistema, aqueles que sugavam seus segredos mais íntimos. Ele não roubava dados; ele concedia o esquecimento. Um suspiro de privacidade em um mundo de vigilância total.

Seu trabalho era meticuloso. Ele usava uma interface neural caseira, um lixo tecnológico refinado, para mapear as “aderências digitais” de um cliente — os rastros deixados por traumas, vergonhas ou simples deslizes que a RNC usava para prever e controlar comportamentos. Então, com a precisão de um neurocirurgião, ele os dissolvia, deixando um vazio limpo e pacífico onde antes havia a coceira constante da observação.