Drake Von fucks Joey Mills
O Mercado Noturno de Seven Veils era um organismo vivo que pulsava sob a névoa alaranjada dos postes de vapor. Entre barracas de especiarias que cheiravam a sonhos distantes e tendas que vendiam sombras em frascos, a atração principal era o Palco dos Desejos Invertidos. Lá, os artistas não performavam por aplausos, mas por esquecimento. Cada ato fazia o público perder uma memória pequena e dolorosa em troca de um momento de beleza sublime.
Na plateia de cadeiras desiguais, Drake Von observava com olhos de âmbar. Seu sobretudo longo parecia beber a penumbra, e seu rosto, sob o chapéu de aba larga, era uma paisagem de cicatrizes antigas e elegantes. Ele não estava ali para esquecer. Estava para colecionar. Os suspiros aliviados da plateia, os fragmentos de dor deixados para trás no ar… isso era seu verdadeiro espetáculo.
O ato atual, um contorcionista que dobrava o espaço em torno de seu corpo, terminou. O apresentador, um homem com voz de mel e absinto, anunciou:
“E agora, para purgar a mágoa mais teimosa, o rancor que gruda nos ossos… apresentamos Joey Mills e sua Orquestra de Um Só Homem!”
O público sussurrou, expectante. Drake inclinou-se para frente, seus dedos longos e pálidos entrelaçados sob o queixo.




