AmadorBarebackBoqueteVídeos Gays

Lean Sodero fucks Sebastian Farelo

O armazém da Rua das Pitangueiras era um lugar esquecido pelo tempo e pela cidade que crescia ao seu redor. Cheirava a madeira velha, pó de café e umidade. Era ali que Lean Sodero guardava seus tesouros: livros. Não eram livros raros ou valiosos no sentido comum, mas livros que ninguém mais queria. Enciclopédias desatualizadas, romances com capas descascadas, manuais técnicos de eras passadas. Ele os recolhia de caixotes na calada da noite, de doações mal-embaladas, do lixo de sebos modernizados. Para Lean, cada um era uma vida salva.

Uma tarde chuvosa de abril, enquanto organizava uma pilha de livros de geografia, Lean ouviu a porta de madeira rangendo. Não era um cliente; clientes eram raríssimos. Era um homem alto, de terno impecável que parecia absurdamente fora de lugar naquele cenário empoeirado. O homem não se abanou, nem fez cara de nojo. Seus olhos claros percorreram as estantes abarrotadas com uma curiosidade intensa, quase faminta.

— Posso ajudar? — perguntou Lean, esfregando as mãos cobertas de pó na calça.

— Talvez — a voz do homem era suave, educada, mas tinha uma precisão que cortava o ar parado. — Busco um livro específico. “As Formas do Silêncio”, de um tal de Aloysio Veiga. Edição de 1972, com uma dedicatória na página de rosto.

Lean franziu a testa. Conhecia cada volume naquela confusão organizada. Aquele livro… estava em uma caixa de itens mais frágeis, um achado recente de um despejo em uma casa antiga do bairro.

— É um livro obscuro. Nunca ouvi falar de ninguém procurando por ele. Qual o seu interesse?

O homem parou de examinar as estantes e fitou Lean diretamente. — Chamo-me Sebastian Farelo. O livro… pertenceu à minha avó. Foi perdido em uma mudança, há muitas décadas. A dedicatória é para ela.

Havia uma ponta de verdade naquilo, Lean sentiu. Mas não toda a verdade. Havia uma urgência contida em Sebastian, uma tensão nos ombros sob o tecido fino do terno.

— Espere aqui — disse Lean.

Foi até o fundo do armazém, onde a luz era mais fraca, e recuperou um livro fino, com capa verde desbotada. A dedicatória, de fato, dizia: “Para Elisa, que conhece os meus silêncios. Com admiração, A.V.”.

Ao entregá-lo a Sebastian, Lean viu os olhos do homem umedecerem por uma fração de segundo antes de um véu de controle descer sobre eles. Sebastian abriu o livro não na primeira página, mas quase no final. Seus dedos ágeis encontraram uma página que parecia mais grossa. Com um gesto quase imperceptível, ele destacou um envelope fino, pálido, que havia sido colado com cuidado na contracapa.

Vídeos relecionados

Botão Voltar ao topo

BRASILEIROS FUDENDO 🔥

X