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Seb Priestley (Jerry Hannan) and Pip Caulfield jerk together

O apartamento de Seb Priestley era um sarcófago de memórias literárias. Pilhas de livros poeirentos formavam cânions entre montanhas de rascunhos falhados. O ar cheirava a papel velho e derrota. Seb, outrora um escritor aclamado com o nome de Jerry Hannan, agora encarava a página em branco não como uma promessa, mas como um acusador. O bloqueio do escritor não era uma fase; era uma condição permanente.

Pip Caulfield mudou-se para o apartamento do lado num turbilhão de caixas de cartão e ruído. Ele era um músico de rua, um coletor de sons. O seu mundo era feito de ritmos de chuça no caixote do lixo, de melodias assobiadas por velhos nos bancos do jardim, da sinfonia desorganizada da cidade. A sua presença invadia as paredes finas do apartamento de Seb – o dedilhar constante de um violão, o bater de pés, o cantarolar absorto.

Para Seb, aquele barulho era uma tortura. Era a antítese do silêncio sagrado que ele achava necessário para criar. Batia na parede com o soco de um livro encadernado. “Silêncio!”

A música parava por um momento, apenas para recomeçar minutos depois, mais suave, mas persistente como o musgo no cimento.

Um dia, a frustração transbordou. Seb marchou até à porta do vizinho, pronto para uma guerra. A porta estava entreaberta. Ele espreitou e viu Pip no meio do caos criativo, rodeado de instrumentos estranhos e velhos gravadores. Ele não estava a tocar uma música; estava a costurá-la, sobrepondo o som de um sino de bicicleta ao ritmo de uma máquina de escrever (uma máquina de escrever velha, notou Seb), e à melodia triste de um violão.

Pip olhou para cima, sem se surpreender. “Ah, o vizino escritor! Entre. Precisa de uma amostra da sua voz.”

Seb, desarmado, ficou parado à porta. “Estou a tentar trabalhar,” disse, a voz fraca.

“Eu também,” respondeu Pip alegremente. “Estou a fazer uma música sobre esta rua. Ainda me falta o som de uma página a ser virada. É um som tão sutil, sabia?”

Algo naquelas palavras, naquele olhar que via poesia no mundano, atingiu Seb. Ele olhou para o estúdio caseiro de Pip, um caos que, de certa forma, fazia sentido. Era o oposto do seu próprio espaço, um caos estéril.

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