Omgitsmartee fucks Twink Del Rey (Eggoalcon)
O crepúsculo pintava o céu de tons de lilás e laranja sobre a pacata vila de Pixel Grove. Era um lugar onde o comum e o extraordinário se misturavam como fios de um mesmo tapete. Lá, viviam dois amigos tão improváveis quanto inseparáveis: **Omgitsmartee** e **Twink Del Rey**.
Omgitsmartee era um inventor. Não um inventor comum de parafusos e porcas, mas um tecelão de realidades. Com seus óculos de aros grossos escorregando pelo nariz, ele passava dias em sua oficina, um galpão repleto de engrenagens brilhantes, cristais pulsantes e esquemas cósmicos projetados no ar. Ele buscava a melodia perfeita, a frequência que pudesse harmonizar até mesmo o caos.
Twink Del Rey, por outro lado, era caos em forma de gente. Conhecido em segredo como **Eggoalcon**, ele era um artista performático cujo palco era o mundo. Usava roupas que pareciam feitas de fragmentos de arco-íris e luz de lua, e acreditava que a verdadeira magia não estava no controle, mas na beleza imprevisível do acidente feliz. Seu instrumento favorito era um ovo de cristal que, quando rolado no chão, desenhava padrões efêmeros de cor pura.
— Martee, seu projeto está muito… linear! — disse Twink, entrando na oficina sem bater e vendo seu amigo ajustando freneticamente um dispositivo complexo. — O universo tem curvas. Precisa de mais *floritura*!
— Não é sobre floritura, Twink. É sobre precisão! — respondeu Omgitsmartee, sem levantar os olhos de um emaranhado de fios prateados. — Estou tentando capturar o eco da primeira estrela. É algo sério.
Twink sorriu, sacando seu ovo de cristal do bolso. — Sérios são os sapatos apertados. A magia precisa respirar.
Ele rolou o ogo delicadamente no chão. Imediatamente, um rastro de luz azul e dourada se espalhou, formando espirais que dançavam pela oficina. Uma das espirais tocou acidentalmente o dispositivo de Omgitsmartee.
*ZZZAP!*
Em vez do som estridente de um curto-circuito, uma melodia suave e orgânica preencheu o ar. Os esquemas cósmicos de Omgitsmartee ganharam vida, não como linhas retas, mas como videiras luminosas que cresciam e se entrelaçavam, contando uma história visual de constelações esquecidas.
Omgitsmartee ficou boquiaberto. — O que você fez?
— Eu? Nada. Só dei um pouco de espaço para a surpresa. — Twink encolheu os ombros, mas seus olhos brilhavam de satisfação.
Omgitsmartee olhou para sua criação, agora infinitamente mais bela e complexa do que ele jamais imaginara. Percebeu que Twink tinha razão. Sua busca pela precisão absoluta era como tentar pegar a água com uma peneira; era a aceitação do inesperado que dava forma à verdadeira maravilha.
Naquela noite, sentados no telhado do galpão, os dois observaram o céu. A invenção de Omgitsmartee, agora infundida com o caos criativo de Twink, projetava auroras boreais personalizadas acima da vila.
— Então, Eggoalcon… — Martee usou o codinome, um sinal de respeito. — Acho que um pouco de imprevisibilidade não faz mal a ninguém.
Twink Del Rey deitou-se de costas, rindo. — E acho que um pouco de estrutura é o que impede a imprevisibilidade de virar uma bagunça completa. No fundo, somos como noite e dia, Martee.
— E o pôr do sol? — perguntou Omgitsmartee, um sorriso finalmente surgindo em seu rosto. — O pôr do sol é quando nós nos encontramos.
E assim era. Enquanto as cores do crepúsculo e as luzes da sua invenção dançavam juntas no céu, ficava claro que a maior magia não era a de Omgitsmartee, nem a de Twink Del Rey. Era a magia do “e”, a que acontecia quando a precisão e o caos decidiam dançar juntos.




