Ashton Wright fucks Cameramancams after a massage
Ashton Wright odiava o novo bairro. Tudo era muito limpo, muito silencioso, muito perfeito. Sua arte de rua, que em seu antigo bairro era celebrada, aqui seria considerada pichação. Então, ele se refugiara no único lugar que parecia ter um pouco de alma: o telhado plano do prédio. Dali, ele podia ver a cidade pulsando ao longe.
Foi em uma dessas noites, observando o pôr-do-sol tingir os prédios de laranja, que ele notou uma luz piscando ritmadamente na janela do prédio oposto. Era uma câmera. Uma lente grande, profissional, apontada diretamente para ele.
Ashton congelou, sentindo-se invadido. Mas então, uma figura surgiu atrás da câmera e acenou. Era um garoto com um boné virado para trás, sorrindo de forma descontraída. Ele fez um gesto universal: “Pode ficar tranquilo”.
Intrigado, Ashton voltou no dia seguinte. E no outro. O garoto da câmera – cujo nome ele descobriu ser Cameron, mas cujo handle online era @Cameramancams – estava sempre lá. Cameron não filmava Ashton, mas sim o cenário que Ashton habitava: os pássaros pousando na beirada do telhado, a dança das luzes da cidade, o céu que mudava de cor.
Eles começaram a se comunicar através de gestos e pequenas notas escritas em um quadro branco que Cameron erguia na janela. “Belas nuvens hoje”, dizia uma. “Você pinta?”, perguntava outra.
Ashton, que era reservado, mostrou a Cameron seu caderno de esboços através do vidro. Cameron, em troca, mostrou em sua tela um time-lapse que havia feito: Ashton, uma figura solitária e pensativa contra o céu noturno, transformado em uma obra de arte em movimento.
Era uma amizade estranha, mediada por metros de distância e duas lentes diferentes: a de Ashton, que capturava o mundo em traços e cores, e a de Cameron, que o capturava em pixels e luz.
Um dia, Ashton ergueu seu quadro branco com um convite: “Preciso de um modelo. Topa?”.




