AlexTheGr8, Jacobi_DSP, LIAM HARDING – a fucking
O ar no subsolo do estúdio de streaming era pesado, carregado com o cheiro de cabos superaquecidos e energia nervosa. Três telas brilhavam, iluminando rostos concentrados em uma luz azulada. Do lado de fora, o mundo continuava normal. Ali dentro, porém, eles estavam prestes a invadir o servidor mais seguro da OmniCorp.
**AlexTheGr8**, o mestre dos códigos, era uma tempestade de atividade. Seus dedos voavam sobre o teclado mecânico, criando uma sinfonia de cliques rápidos. Linhas de comando verdes dançavam em seus monitores, uma cascata hipnótica de puro poder de processamento. “Os firewalls deles são uma piada,” ele disse, sua voz um misto de desdém e excitação. “Estou dentro do sistema de ar condicionado. Em trinta segundos, o servidor principal vai começar a superaquecer. Vão achar que é uma falha no sistema de refrigeração.”
Na estação ao lado, **Jacobi_DSP** coordenava o caos digital com a calma de um maestro. Enquanto Alex invadia, Jacobi criava distrações. Suas telas mostravam feeds de notícias falsas começando a circular, tweets automatizados criando um escândalo sobre um produto fictício da OmniCorp, desviando a atenção da equipe de segurança cibernética. “Os bots estão ativos. O trending topic #OmniCorpFails está crescendo. Os seguranças digitais deles vão estar ocupados apagando fogo na floresta enquanto a gente incendeia a casa,” ele relatou, sua voz serena e plana, um contraste total com a energia de Alex.
E no centro, entre os dois gênios digitais, estava **LIAM HARDING**. Ele não estava ali pelos códigos ou pela manipulação social. Ele era o ponto de contato, o homem no mundo real. Seu equipamento era diferente: um receptor de sinal de alta frequência, um scanner de espectro e uma velha garrafa térmica de café preto. Enquanto seus companheiros lutavam sua guerra no éter, os olhos de Liam estavam fixos nas câmeras de segurança ao vivo que Jacobi havia invadido, observando os guardas de carne e osso que patrulhavam o prédio físico da OmniCorp.
“Tudo bem, mantenham a calma,” a voz de Liam ecoou, baixa e firme. “Vejo dois guardas no corredor do servidor. Eles parecem relaxados. A distração de Jacobi está funcionando.” Ele pegou seu rádio. “Equipe Fantasma, situação nominal. Preparados para a extração no seu comando.”
“Quase lá… quase…” Alex sussurrou, seus olhos grudados na tela. “O sistema de superaquecimento forçou um desvio de tráfego para o servidor de backup. Jacobi, agora!”
Jacobi não precisou ser avisado duas vezes. Seus dedos dançaram em um teclado diferente, enviando um pacote de dados disfarçado no fluxo de redirecionamento. Era a carga útil: um worm que iria se alojar profundamente nos arquivos da OmniCorp, coletando tudo – e-mails confidenciais, projetos secretos, transações financeiras obscuras.
“Pacote enviado. O pássaro cantou no ninho,” Jacobi confirmou.
Foi então que Liam se inclinou para frente, seus olhos estreitando. “Problema. Um guarda, mais atento que os outros, está indo verificar a porta do servidor principal. Ele está desconfiado.”
Alex praguejou baixo. “Preciso de mais dois minutos para apagar nossos rastros!”
“Você não tem dois minutos,” Liam contra-atacou, sua mente já processando as variáveis. “Jacobi, você consegue travar as portas eletrônicas daquele corredor?”
“Já estou nisso,” Jacobi respondeu, sua calma imperturbável sendo posta à prova. “Travando… travado. Ele está tentando abrir. Ele está pegando o rádio.”
Um silêncio tenso pairou no ar. Eles podiam ouvir a respiração ofegante de Alex, o clique constante do teclado de Jacobi e o zumbido baixo dos computadores.
Liam pegou seu rádio mais uma vez. “Equipe Fantasma, alfa-vermelho. Repito, alfa-vermelho. Avançem para a posição de extração B.” Ele olhou para seus companheiros. “Temos que ir. Agora.”
“Concluído!” Alex gritou, batendo a tecla Enter com força dramática. “Rastros apagados. Eles vão encontrar um servidor superaquecido e um monte de logs de erro confusos. Nada mais.”
Os três se levantaram ao mesmo tempo. Alex, ofegante e com os olhos brilhando de adrenalina. Jacobi, fechando seus programas com uma eficiência mortal. E Liam, já desplugando os equipamentos críticos, seu rosto uma máscara de alerta profissional.
Eles saíram do estúdio escuro, deixando para trás as telas que agora mostravam apenas protetores de tela. Do lado de fora, uma van preta e sem marcações os aguardava, o motor já ligado.
Jacobi olhou para o seu laptop, uma última janela aberta. “O worm está transmitindo. Temos tudo.”
Liam assentou, um sorriso raro e breve tocando seus lábios. “Missão cumprida.”
Alex apenas riu, uma risada de pura euforia e alívio. “Manos, nós somos os melhores.”
E na noite, os três – o gênio do código, o arquiteto do caos e o olho no mundo real – desapareceram, levando consigo os segredos mais sombrios de uma corporação gigantesca, uma parceria improvável forjada no calor do perigo digital.



