Eli Barcellos fucks Nil Ferrera
O silêncio da biblioteca da universidade era quebrado apenas pelo leve ruído das páginas sendo viradas e pela respiração calma de Eli Barcellos. Ele estava imerso em seu mundo de fórmulas e teorias, seus óculos escorregando levemente pelo nariz, quando um som diferente chamou sua atenção.
Do outro lado da mesa, sentava-se Nil Ferrera. Seus dedos longos e ágeis dançavam sobre um bloco de papel, transformando linhas em formas que pareciam desafiar a lógica. Um lápis de carvão rolou pela mesa e parou diante do livro de cálculo de Eli.
“Desculpe,” sussurrou Nil, seus olhos verdes brilhando com um misto de constrangimento e curiosidade.
Eli pegou o lápis, seus dedos tocando os de Nil por um instante que pareceu se estender além do tempo normal. “Está estudando arte?” perguntou ele, baixinho.
“Arquitetura,” corrigiu Nil com um sorriso que fez algo dentro do peito de Eli se contrair. “Desenhando perspectivas impossíveis.”
Aquelas palavras se tornariam proféticas.
Nos dias que se seguiram, a mesa da biblioteca tornou-se seu território compartilhado. Eli, com sua mente analítica e metódica, encontrava em Nil um contraponto necessário – alguém que enxergava o mundo através de curvas onde ele via apenas linhas retas, que encontrava poesia onde ele encontrava apenas dados.
Nil mostrava a Eli os desenhos de estruturas que desafiavam a física – escadas que levavam a lugar nenhum, prédios que flutuavam sobre nuvens. “São possíveis apenas no papel,” dizia Nil, com um brilho nos olhos.
“Talvez não,” respondia Eli, pegando uma calculadora. “Vamos ver que equações precisaríamos quebrar para construir isso.”
Eles eram complementares como noite e dia, como matemática e arte, como razão e emoção. Eli aprendera a ver beleza nas simetrias perfeitas, mas Nil lhe mostrou que a verdadeira beleza estava nas imperfeições, nas assimetrias que tornavam as coisas únicas.




