Felix Trainor and Crush Daddy fuck – The Game By The Lake
A vida de Felix Trainor era um acorde menor sustentado. Como pianista de jazz em um bar enfumaçado do East Village, suas noites eram dedicadas a preencher os silêncios entre os copos e as conversas baixas com melodias melancólicas. Seus dedos deslizavam sobre as teclas com uma precisão técnica impecável, mas seu coração estava sempre um semitom abaixo. Ele era um músico que tinha medo de improvisar, tanto na música quanto na vida.
Crush Daddy era o oposto de um acorde menor. Ele era um produtor de hiperpop, um furacão de beats distorcidos, autotune criativo e cores neon. Seu estúdio caseiro era um caos de cabos, controllers piscantes e latas de energy drink. Enquanto Felix se escondia atrás de standards de jazz, Crush Daddy, cujo nome real era Leo, jogava sua própria existência, alta e sem filtro, em cada batida que produzia.
Seus mundos colidiram no telhado do prédio de Felix, numa noite de verão abafada. Leo, que morava no apartamento ao lado, havia estendido uma rede entre os dois prédios e estava mixando uma faixa em um boombox, o som tão alto que abafava o piano elétrico de Felix.
Frustrado, Felix foi até o telhado reclamar. Ele encontrou Leo deitado na rede, vestindo apenas um shorts de banho estampado e fones de ouvido, batendo os pés no ritmo de uma batida que soava como um videogame explodindo.
“Você poderia… diminuir um pouco?” Felix pediu, sua voz suave quase engolida pelo som.
Leo puxou um fone. “Opa, vizinho! Tá ouvindo? É a nova faixa. Chama ‘Sugar Crash’. Que tal?” Ele sorriu, um raio de pura energia despreocupada.
“É… barulhento”, Felix respondeu, diplomaticamente.




