Yuri Machado fucks Luis Felipe Meira
O mundo de **Yuri Machado** era um de precisão e silêncio. Como relojoeiro, seus dias eram passados em uma pequena oficina escura, iluminada apenas pela lâmpada flexível de sua bancada. Seus olhos, protegidos por uma lupa, examinavam engrenagens minúsculas, suas mãos firmes consertavam mecanismos complexos. Ele era um homem de paciência, que acreditava que tudo podia ser consertado, desde que se tivesse o tempo e as ferramentas certas. Sua vida era o tique-taque suave de centenas de relógios, um som que marcava a passagem do tempo, mas nunca o preenchia.
O mundo de **Luis Felipe Meira** era um de caos e vida. Veterinário de um abrigo de animais, seus dias eram uma cacofonia de latidos, miados e o burburinho constante de voluntários. Seus dias eram imprevisíveis, marcados por emergências, nascimentos e a alegria simples de encontrar um lar para um dos seus resgatados. Ele era um homem de ação e impulso, que acreditava que o amor era a única ferramenta necessária para consertar um coração partido.
Seus caminhos se cruzaram por causa de um cachorro. Mais especificamente, um vira-lata esperto chamado Samba, que pertencia a Luis Felipe e que, em uma de suas aventuras, decidiu engolir o pequeno pêndulo de um relógio de bolso antigo que Yuri estava restaurando para um cliente.
Luis Felipe apareceu na oficina, segurando Samba, que balançava o rabo, sem nenhum sinal de arrependimento.
— Desculpe, eu acho que o Samba comeu uma… pecinha do seu relógio? — ele disse, seu rosto um misto de preocupação e constrangimento.
Yuri ergueu os olhos da lupa, prestes a soltar um suspiro de exasperação. Mas então ele viu Luis Felipe. Viu seus olhos cansados mas gentis, a sujeira no seu jaleco, e o jeito desesperado como ele segurava o cachorro. E o suspiro morreu em sua garganta.
— Traga ele aqui — Yuri disse, sua voz mais suave do que o normal.
Enquanto Luis Felipe acalmava Samba, Yuri, com uma calma que parecia mágica, conseguiu recuperar a peça com uma pinça e um pouco de paciência. O relógio estava salvo. E Samba também.
Agradecido, Luis Felipe insistiu para pagar o conserto com um jantar. Yuri, que normalmente recusaria qualquer coisa que atrapalhasse sua rotina, aceitou.
O jantar se tornou um café. O café se tornou caminhadas com o Samba. Yuri, acostumado ao silêncio de sua oficina, descobriu uma nova trilha sonora: a risada alta de Luis Felipe, os latidos do cachorro, as histórias caóticas e cheias de vida do abrigo.
Luis Felipe, por sua vez, encontrou em Yuri uma calma que ele nem sabia que precisava. Aprendeu a apreciar a beleza de uma peça bem feita, a paciência de um processo lento. Ele via Yuri consertar um relógio quebrado e via uma metáfora para o seu próprio trabalho: consertar vidas, uma engrenagem de cada vez.
Num domingo à tarde, na oficina de Yuri, Luis Felipe o observava trabalhar.
— Você conserta o tempo — Luis Felipe comentou, maravilhado.
— Eu só conserto as máquinas que o marcam — Yuri corrigiu, sem levantar os olhos.
— É a mesma coisa. Você dá às pessoas mais tempo.




